terça-feira

Tropas dos EUA deixam Iraque após sete anos

Cerca de 60 mil pessoas perderam a vida na guerra, a maioria insurgentes iraquianos

Ahmad al Rubaye/AFP

Veículos de guerra dos EUA estão prestes a embarcar de volta ao país; americanos derrubaram Saddam Hussei, mas país mergulhou na guerra civil.


Na noite do dia 20 de março de 2003 o céu de Bagdá se iluminou. O bombardeio das forças americanas à capital do Iraque deu início ao segundo conflito travado pelos Estados Unidos contra o regime de Saddam Hussein. A guerra foi marcada pela ocupação, que dura sete anos, e está prestes a acabar, com o anúncio, nesta terça-feira (31), da retirada das tropas americanas do país.
Iraquiano cruza os EUA para falar sobre guerra
Apesar do bombardeio em março, a capital caiu sob o poder americano apenas em abril. Saddam fugiu da cidade e ficou desaparecido por meses.
A desculpa oficial para a segunda guerra do Iraque foi a existência de armas de destruição em massa por parte do regime de Saddam. Mais tarde, concluiu-se que tudo se tratava de uma mentira.
O anúncio foi feito em outubro do ano anterior pelo ex-presidente George W. Bush (2001-2009), que havia colocado o país no chamado “eixo do mal”.
- Quero informar toda a nação que o Iraque possui armas químicas e biológicas. E está buscando desenvolver armas nucleares.
Com a queda de Saddam, as tropas internacionais lideradas pelos americanos tomaram conta do país. O líder iraquiano foi finalmente capturado em dezembro de 2003, julgado e enforcado, em 2006.
Guerra matou cerca de 60 mil
Sete anos após a invasão, cerca de 55 mil insurgentes foram mortos no Iraque. Quase 5.000 militares aliados perderam a vida, a grande maioria americanos.
A retirada das tropas americanas foi uma promessa de campanha do atual presidente Barack Obama.

Ele fará o anúncio oficial nesta terça-feira (31) a partir do Salão Oval da Casa Branca, usado apenas em situações muito importantes. Mais de 90 mil americanos já deixaram o front iraquiano. Neste momento, restam menos de 50 mil homens no local.
O grande temor é se os iraquianos serão capazes de garantir a segurança do país, que mergulhou numa guerra civil entre setores xiitas e sunitas desde a queda de Saddam.
Restarão alguns poucos milhares de tropas, que vão trabalhar no treinamento dos iraquianos e em situações de defesa, não de combate e ataque.
Os EUA também vão reforçar a presença diplomática no Iraque. Mais de 2.000 funcionários vão trabalhar na embaixada americana em Bagdá.



 

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