Mais uma criança está internada no Hospital Infantil Arlinda Marques, em João Pessoa, com calazar humano. O paciente, natural do município de Sousa, é um menino de apenas dois anos e quatro meses de idade. Ele deu entrada no hospital na noite do último dia 2, apresentando sintomas de anemia grave e alteração na função medular.
A criança foi submetida ao mielograma, exame que confirmou a doença no dia 4 de agosto. Darcy Lucena, diretora do Hospital Infantil Arlinda Marques, explicou que o exame é realizado através de uma punção óssea, que consiste na retirada de um pequeno pedaço da medula; procedimento bastante utilizado para a detecção de leucemia. Este é o terceiro caso confirmando da doença no estado este ano. Os sintomas são febre irregular, fraqueza, anemia, perda de peso, manifestações hemorrágicas e aumento da barriga, consequência do aumento de órgãos como fígado e baço. A diretora do Arlinda Marques esclareceu que a doença não é transmitida entre seres humanos e que por isso não há motivo para alarme. “Esses são casos isolados, de diferentes municípios do estado o que indica que não é uma epidemia”, explicou.
O calazar (leishmaniose visceral) é transmitido pelo mosquito flebótomo, também conhecido como “mosquito-palha”. Quando o inseto pica um animal que já apresenta o calazar, fica infectado e no contato com um ser humano, transmite a doença.
Djanira Lucena, gerente de Vigilância em Saúde Ambiental da Prefeitura Municipal de João Pessoa explicou que o cão é o principal alvo do mosquito. Além deles, existem outros animais como canídeos (lobos) e roedores silvestres que podem ser reservatórios da leishmaniose visceral. “ Acabar com os animais portadores será ineficaz se o mosquito continuar a existir. É preciso atenção e cuidado da população com seus animais e qualquer alteração na saúde deles deve ser informada ao Centro de Controle de Zoonoses”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário