Quase três meses depois que as polícias Civil e Federal desencadearam, juntamente com o Ministério Público (MP) a ‘Operação Quark’, com o objetivo de desarticular uma ‘rede’ organizada de distribuição de drogas que agia em pelo menos sete cidades da Paraíba e possuía ramificações em quatro Estados do país e na Bolívia, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco) apresentou denúncia contra 61 envolvidos com o grupo, na última terça-feira.
De acordo com as investigações, o grupo interestadual estava sendo responsável pela manutenção de um esquema milionário de tráfico de entorpecentes comandado de dentro dos presídios do Estado, a exemplo das penitenciárias de segurança máxima PB1 e PB2, e dos presídios do Róger e Sílvio Porto, na capital, além de presídios em Guarabira, Campina Grande, Sapé e Santa Rita.
No total, das 61 pessoas denunciadas, 39 estão presas atualmente em presídios de Campina Grande, João Pessoa, Guarabira, Sapé, Rio Tinto, Santa Rita, e em penitenciárias do Estado de Rondônia.
Além disso 15 estão em liberdade e sete foragidas. Dentre os foragidos denunciados, está o homem que seria o elo entre o grupo e traficantes bolivianos e encarregado de enviar carregamentos de crack e cocaína para a Paraíba da Bolívia, a pedido de detentos paraibanos: Walter Cintra, que já cumpriu pena na Paraíba e que estaria residindo hoje, no Estado de Rondônia.
Também entre os denunciados pelo Ministério Público e que seriam alguns dos líderes das células do bando está Thanner Yasbeck Asfora, que cumpria pena por tráfico de drogas na penitenciária Máxima do PB1, mas foi transferido no ano passado para o Presídio Federal de Porto Velho/RO; André Quirino da Silva, conhecido como ‘Fão’; Genildo Crispim, conhecido como ‘Pinino’, que na época foi transferido junto com Thanner; César Antônio da Silva, o ‘César Cabrobó’; um homem identificado somente como ‘Arnaldo’ ou ‘Da Bota’; Ricardo Cavalcanti Souto, que cumpre pena na penitenciária PB1; e outro suposto traficante, conhecido como ‘Capitão’, que conforme a denúncia seria um policial militar da Paraíba que teria se envolvido com o esquema quando prestava serviço na penitenciária do PB1; além de Márcio Maciel dos Santos, o ‘Neguinho Maciel’; Maciel de Souza Ferreira, e um outro homem identificado apenas como ‘Beneu’.
A ‘rede de tráfico’ seria responsável ainda por assaltos, assassinatos, sequestros e outros crimes que ainda estão sendo investigados pela polícia. Em conversas obtidas com autorização da Justiça, o Ministério Público conseguiu identificar negociações de droga comandadas de dentro de presídios paraibanos, que envolveriam um montante de US$ 100 mil; além da existência de bens de alguns dos acusados que ultrapassariam milhões de reais.
As últimas prisões da Operação aconteceram na semana passada, quando foram detidas em Sapé Avani Leopoldina da Conceição e Rosineide Borges da Silva Brito, além de realizada a apreensão de um menor.
Da Redação Com João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba
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