Acidente ocorreu em carregamento iraniano de armas confiscado em 2009.
Central elétrica próxima foi afetada, provocando blecaute na região.
Entre os 12 mortos estão cinco bombeiros, quatro soldados da Guarda Nacional e dois oficiais da Marinha, segundo a agência oficial CNA.
O acidente aconteceu às 5h50 (23h50 de domingo em Brasília) em um depósito da base Evangelos Florakis, no qual havia 98 contêineres de pólvora de canhão.
As explosões atingiram um carregamento iraniano de armas, confiscado em 2009 em um navio com bandeira cipriota, de acordo com a rádio estatal.
Este é o mais grave acidente militar registrado no Chipre em tempos de paz.
Segundo a rádio pública, que citou o comandante da Guarda Nacional, Petros Tsaliklidis, as explosões aconteceram em contêineres de munições iranianos confiscados no navio "M/V Monchergorsk".
O navio de bandeira cipriota foi interceptado no Mediterrâneo quando seguia para a Síria em janeiro de 2009. Após várias inspeções das autoridades cipriotas, a carga foi confiscada e armazenada.
Um comitê do Conselho de Segurança da ONU concluiu em março que o carregamento violava o embargo sobre a venda de armas imposto ao Irã, como parte das sanções das Nações Unidas pelo controverso programa nuclear iraniano.
"Havia 98 contêineres de pólvora de canhão. Dois deles pegaram fogo e aconteceram grandes explosões", declarou à agência CNA uma fonte policial.
Uma central elétrica próxima da base foi afetada pelas explosões, o que provocou um corte de energia no sul da ilha.
Um porta-voz dos serviços aeroportuários afirmou que o corte de energia elétrica afetou as atividades em Larnaca e Pafos, mas informou que os serviços foram restabelecidos em poucos minutos.
As explosões provocaram muitos danos nas casas próximas e princípios de incêndios florestais.
Carros, casas e restaurantes de Zygi, cidade muito visitada pelos turistas, também sofreram muitos danos, segundo testemunhas.
Canais de televisão exibiam imagens de fumaça espessa no local do acidente. A estrada que leva à base naval, que fica entre os balneários de Larnaca e Limassol, foi isolada pelas forças de segurança.
As autoridades pediram à população que poupem energia usando com moderação os aparelhos de ventilação, grandes consumidores de energia, especialmente numa época do ano que as temperaturas alcançam os 40º C.
Da Redação com G1
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