O diretor-presidente da Cia Docas, Wilbur Holmes Jácome, atribui esse recorde histórico à demanda do segmento de construção civil, que incrementa a produção de cimento e toda cadeia logística envolvida pelo setor; e ao fato do porto de Cabedelo se beneficiar pelo porto de Suape (PE) estar trabalhando com uma demanda 18% acima de sua capacidade. “Esse excedente escoa para nós e precisamos estar preparados para sermos um porto ‘alimentador’, ou seja, de suporte, tanto ao de Suape, quanto ao de Natal”, explica Wilbur, justificando a necessidade de investimento na infraestrutura do porto paraibano.
A diretoria do Cia Docas tomou providências para que o armazém IV do porto esteja apto a receber alimentos e produtos de saúde de acordo com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e em abril reinaugurou o posto da Receita Federal que há décadas funcionava no porto em condições precárias. Está sendo finalizado um estudo sobre os processos internos do porto para subsidiar a elaboração de normas e procedimentos que vão agilizar e diminuir os custos operacionais. A nova gestão do porto está trabalhando por uma política comercial consistente, uma rota de cabotagem para a PB e na prospecção de novas cargas.
O porto de Cabedelo é a principal ferramenta de apoio à indústria e comércio do Estado e atualmente tem um calado de 9 metros, estando em processo de dragagem para se chegar aos 11m. Além da dragagem é necessário investir na infraestrutura do porto para que este se adeque às novas demandas do comércio exterior. O presidente da Cia Docas, Wilbur Jácome, entregou à Secretaria de Portos da Presidência da República os projetos de construção do cais comercial e do terminal de múltiplo uso, de contêiners e de passageiros, e está pleiteando verba do PAC ll.
Para manter o crescimento, o porto precisa de investimentos nos projetos estruturantes que vão permitir o aumento na movimentação de contêiners de 2 mil para até 50 mil contêiners por ano, e a duplicação da movimentação de cargas.
Wilbur ressalta que a Paraíba está sem investimentos estruturantes na área portuária há mais de 30 anos. “Precisamos reerguer a economia do Estado e o porto é a maior ferramenta para isso. Afinal, as ferrovias que cortam o Estado começam ao lado dos nossos armazéns e a BR-230, que também cruza toda Paraíba, tem o km 0 (zero) em frente aos nossos portões. Temos um super potencial multimodal e não temos equipamentos para estimular zonas de processamento de exportação em vários outros locais. Ou temos o apoio do Governo Federal, ou a nossa economia pode sofrer danos severos”, avalia. Segundo o diretor-presidente, os projetos já foram entregues em Brasília e só faltam as ações políticas para que a infraestrutura logística do Estado seja otimizada.
Da Redação com Secom
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