Quem  poderá conhecer inteiramente os mistérios do coração humano? Quem poderá  adentrar suficientemente as profundezas da mente? Quem ousará decifrar a alma do  homem? Quem arvorará juiz de seus semelhantes? Quem poderá afirmar com absoluta  segurança que dessa água não beberá? Quem atirará a primeira  pedra?
   Perguntas semelhantes poderiam se estender  indefinidamente e só poderíamos ter uma única resposta para todas: ninguém.  Porque a verdade, a simples e elementar verdade é que, a despeito dos milênios  de história e dos extraordinários avanços da ciência, o homem continua a ser um  estranho para o homem. Alguma pequena certeza sobre algum particular aspecto do  corpo e da psique humana pode-se até admitir.
Mas um  domínio completo sobre a complexidade físico-psicológia do ser humano, este  provavelmente jamais será atingido, para desgosto dos que cultivam a vã  esperança científica de que os órgãos e os neurônios possam  oferecer resposta para  tudo.
A  religião tem confortado os homens diante dos mistérios inexplicáveis da vida. E  essa tem sido uma das funções primordiais da fé religiosa: dar ao homem  desamparado e muitas vezes desesperado uma resposta às suas dúvidas fundamentais  e aos seus desesperos existenciais.
Para quem  crê em Deus, então as perplexidades se resolvem aceitando-se, sem  questionamentos,os desígnios de Deus, geralmente insondáveis. As dúvidas e os  desesperos se ajoelham diante da vontade Daquele que tudo sabe e que tudo sabe e  que, por ser amor, quer apenas o nosso bem, a despeito de nossa vontade. Mas  para quem não crê (e os há em grande número), as perguntas continuam sem  respostas ou são simplesmente entregues à solução aleatória do  caso.
Coloco-me  estas questões ainda sob o choque da partida voluntária e Adelmar Régis, meu  amigo e amigo de muitos, na manhã do último dia quinze de junho. E devo admitir,  tomado da humildade que nos visita   nesses momentos de tão grande dor e perplexidade, que renuncio a buscar  explicações para seu inesperado gesto. Seria inútil  certamente.
Adelmar  foi uma grande figura humana.
Podem  testemunhar os inumeráveis pobres que ele amparou enquanto diretor do Hospital  Edson Ramalho. Foi um homem de bem. Podem atestar todos os que tiveram o  privilégio de conhecê-lo.
Contaram-me que Áurea, sua esposa, ao deixá-lo em casa na manhã  fatídica, deixou-o rezando. Estou convicto de que Adelmar marcava  silenciosamente um encontro com Deus e que Deus, a despeito de tudo. Não faltou  a esse encontro.
                                    Missa da Esperança
                                   Adelmar Vinagre Régis
    *  20 de Janeiro de 1952             + 15 de Junho de  2011-06-21
Áurea, Adelmar Filho,  Shirley, Felipe,Elisa, Ana Flávia, Ana Raquel, Gustavo, Telma, Aluísio, Gerlane  e demais familiares, convidam para a Missa da Esperança de seu amado esposo,  pai, sogro, avô e irmão, a ser realizada às 19:00 h do dia 21 de junho de 2011  (terça-feira), na Igreja de São Pedro Pescador, localizada na Av. Maria Rosa,  Manaira.
Agradecemos a solidariedade  e o carinho recebidos nesta hora de tão grande perda e a todos que comparecerem  a este ato de fé.
Da Redação com Procurador Geral da  UFPB

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