sexta-feira

Gerência de Vigilância Sanitária interdita oito bares na orla do Bessa


Oito bares e restaurantes localizados na Avenida Artur Monteiro Paiva, na orla da Praia do Bessa, foram interditados por não terem licença da Gerência de Vigilância Sanitária para funcionar. A ação provocou insatisfação dos funcionários, que dependem exclusivamente do trabalho que desenvolvem nos bares e estão com medo de perder seus empregos dos proprietários, que terão um prazo de 30 dias para apresentar defesa e, caso violem o lacre de interdição da GVS, podem ser presos.
De acordo com o gerente de Vigilância Sanitária da Prefeitura Municipal de João Pessoa, Ivanildo Brasileiro, os oito bares e restaurantes localizados na orla do Bessa representam sérios riscos para a saúde dos consumidores. "Estes estabelecimentos não possuem licença sanitária e oferecem riscos para quem consome os produtos que são produzidos neles. Qualquer estabelecimento que trabalhe com a manipulação de alimentos precisa ter áreas separadas para a preparação de carnes, massas e sobremesas, para evitar que o fluxo provoque contaminações dos alimentos", afirmou. Além de estrutura precária para o manejo de alimentos, a Gerência de Vigilância Sanitária alega que os bares e restaurantes do Bessa não possuem controle de vetores e pragas urbanas, como ratos e baratas, o que compromete a qualidade dos alimentos preparados nos estabelecimentos. "Os proprietários precisam desenvolver um projeto arquitetônico que contemple as mudanças e adequações apontadas pela Vigilância Sanitária para conseguir a licença necessária para o funcionamento dos bares. Até lá, os estabelecimentos permanecem interditados e, caso os proprietários rompam o lacre da autoridade, vão responder pelo crime de violação penal", acrescentou Ivanildo Brasileiro.
O presidente da Associação dos Bares e Restaurantes da Praia do Bessa e proprietário do Golfinhos Bar, Luiz Cavalcanti, admitiu que os estabelecimentos localizados na orla do Bessa não possuem licença da Vigilância Sanitária, mas acredita que a interdição é resultado de uma determinação política. "No centro da cidade há dezenas de bares e ambulantes que preparam alimentos ao ar livre, sem condições de higiene, sem uma licença sequer. Por que só as barracas do Bessa estão sendo interditadas? Temos CNPJ, inscrição estadual, mas o município nunca regulamentou nossa situação como vem acontecendo com as barracas de Cabo Branco e Tambaú", alega.
"Fomos pegos de surpresa com a visita e com o auto de interdição da Gerência de Vigilância Sanitária. Funcionamos aqui há 20 anos e nunca houve uma denúncia sequer de que um cliente tenha passado mal após ter consumido algum produto nosso", destacou Cavalcanti.
O gerente de Vigilância Sanitária do Município rebateu as acusações e informou que a gerência vem fiscalizando nos últimos meses hospitais, farmácias, e interditando os ambientes que não possuem licença para funcionar. "Já interditamos sete farmácias que não tinham farmacêuticos para dispensar antibióticos, e duas empresas que trabalham com produtos de limpeza, como detergentes e desinfetantes", informou Brasileiro, acrescentando ainda que as barracas do Cabo Branco e Tambaú ainda estão tirando a licença da Vigilância Sanitária.

Da Redação com O Norte

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