Os detentos foram transferidos após serem identificados como mandantes de crimes
Os detentos transferidos foram Paulo Henrique do Nascimento (Alexandre Neguinho), Andre Quirino da Silva (Fão), Andre da Silva Galdino (André Galdino), Marcio Maciel dos Santos (Maciel), Eristenio Gonzaga de Souza (Papel), Ricardo Cavalcanti Souto (Ricardo), Jose Roberto dos Santos Souza (Neguinho Mulungu) e Otacílio José da Silva Filho (Sérgio Neguinho).
As transferências dos detentos foram autorizadas pelo juiz da Vara das Execuções Penais de João Pessoa, Carlos Beltrão Filho sendo encaminhada a Vara de Execução Penal Federal de Porto Velho-RO. A “Operação Perseu”, contou com apoio do Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN e da Polícia FederalOs presos foram levados numa aeronave da PF.
Segundo informações do gerente de Planejamento e Segurança – Geplasi, da Secretaria de Administração Penitenciária, tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, a série de assassinatos ocorrida na região metropolitana de João Pessoa vinha preocupando o Governo do Estado levando as secretarias de Administração Penitenciária e Segurança Pública a realizarem investigações, quando foram descobertas que as ordem eram feitas de dentro de presídios da Capital, devido a intrigas e briga por pontos de disputa pelo tráfico de droga, chegando a provocar pânico em famílias de vários bairros, inclusive ordenando a saida delas, através de ameaças.
O gerente da Geplasi disse que foram identificados os líderes das principais facções conhecidas por “Al Qaeda” e “Estados Unidos”, inclusive as suas ramificações. “Nós estamos identificando os integrantes e os nomes levados a polícia para que sejam tirados de circulação”, disse o tenente-coronel Arnaldo.
Logo após a retirada dos presos das celas onde estavam recolhidos nos Presídios Romeu Gonçalves de Abrantes - PB 1, Sílvio Porto e Máxima de Mangabeira agentes penitenciários realizaram um verdadeiro ‘pente fino’ no PB1, utilizando cães farejadores e policiais de grupos especiais da PM e Polícia Civil.
Conheça os presos transferidos e suas periculosidades:
Pertence a facção “Estados Unidos”, responde a processos por formação de quadrilha, latrocínio (roubo seguido de morte), porte ilegal de armas, homicídios e tráfico de droga. Ele foi quem determinou a saída de famílias no bairro dos Novais, na Capital.
Fão – apontado como mandante do assassinato do filho de um sargento reformado da PM ocorrido no último domingo, em Mangabeira. Apontado com líder da facção “Al Qaeda”. Vinha ameaçando agentes penitenciários, policiais civis, militares e também integrantes de outras facções. Responde a vários processos.
André Galdino – responde a processos por porte ilegal de armas, roubo e formação de quadrilha. Foi preso pelo GOE em 2008 e foi resgatado por um bando em 2007 quando retornava de uma consulta médica.
Maciel – também apontado como mandante de vários assassinatos, roubos, porte ilegal de armas, tráfico de droga e homicídios.
Papel – conseguiu fugir do PB1 e Central de Polícia, em João Pessoa, também do presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. Apontado como autor de latrocínios, homicídios (entre as vítimas um policial potiguar) e envolvios em assalto a banco e de armas num posto da Operação Manzuá. Era procurado nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Ricardo – considerado bastante ousado, chegou a deixar um bilhete para o diretor da Cadeia Pública de Pilar quando fugiu em 2005. Integrava perigosas quadrilhas, inclusive comandada por “Pinino”. Responde por vários crimes.
Neguinho Mulungu – também é apontado como mandante de vários assassinatos nas regiões de Guarabira e Santa Rita. Responde a processos. Responde a processos por tráfico, roubo e homicídios.
Sérgio Neguinho – Considerado de alta periculosidade é apontado como chefe do tráfico de drogas em bairros da Capital e em Bayeux. Ele foi preso em 2007 por agentes do GOE.
Da Redação com WSCOM Online
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