segunda-feira

Homem morre em troca de tiros com PMs após furar blitz que buscava impedir fuga de bandidos da Mangueira para outras comunidades

RIO - Depois da operaçãopara a instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio, a madrugada foi de tranquilidade na Mangueira, Zona Norte do Rio. Os principais acessos à comunidade ficaram ocupados por homens das polícias Civil e Militar. De acordo com moradores, não foram ouvidos disparos de tiros. Apesar da calma na região, um homem morreu na madrugada, em Benfica, depois de furar uma blitz para impedir a fuga de bandidos da Mangueira. Ele estava em um Honda Fit com outros dois bandidos, e foi atingido após troca de tiros com PMs na Avenida Prefeito Olímpio de Melo, próximo ao Largo de Benfica.
Um homem morre após furar blitz e trocar tiros com policiais em Benfica. O carro em que ele e outros dois bandidos, que fugiram, estavam é apresentado na 21º DP (Bonsucesso) / Foto: Carlos Ivan / Agência O Globo
SEGURANÇA :ocupação da Mangueira fecha cinturão em torno do Maracanã; Maré é desafio
Segundo policiais do serviço reservado do 22º BPM (Benfica), Aloysio Mattos Martins Júnior, de 45 anos, chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Geral de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos. O Honda Fit, placa KZQ1726, de Niterói, foi abandonado no local e levado para 21ª DP (Bonsucesso) com várias marcas de tiros. Pela madrugada, os policiais ainda não tinham encontrado registros criminais contra Aloysio e nem registros de que o Honda fosse roubado. Os outros dois bandidos que estavam no veículo conseguiram fugir, segundo policiais, em direção à Favela do Arará - que fica a cerca de dois quilômetros da Mangueira e é dominada pela mesma facção criminosa que agia na comunidade pacificada no domingo.
De acordo com o Chefe do Estado Maior Administrativo, coronel Carlos Milagres, os acessos às comunidades que são da mesma fação criminosa que atuava Mangueira estão ocupados para evitar atos de vandalismo. O coronel disse também que a missão da ocupação no domingo era "resgatar a comunidade para a cidade":
- Não adianta criar guerra dentro da comunidade. O objetivo ontem (domingo) não era prender nem apreender material - avaliou o coronel, acrescentando que a implantação das UPPs não trouxe aumento da violência em outras regiões do Rio.
Lindomar Soares, de 85 anos, compra pão no início da manhã desta segunda-feira: alívio com a chegada da UPP / Foto: Carlos Ivan /  O Globo No início desta segunda-feira, alguns moradores comemoravam a nova UPP na Mangueira. Moradora da Rua Visconde de Niterói, próximo a localidade conhecida como Buraco Quente, Lindomar Soares, de 85 anos, que mora na comunidade desde que nasceu, estava otimista enquanto esperava na calçada a chegada do padeiro. Antes da chegada da UPP, ela temia quando o neto deixava sua casa para trabalhar. Moradores, que preferiram não se identificar, relataram que escutavam tiroteio na região até um mês atrás.
- Meu neto saía de casa às 4h. Agora a gente vai ter mais sossego. Se a UPP está sendo boa nos outros lugares, vai ser boa aqui também - disse Lindomar.

Da Redação Extra

Nenhum comentário:

Postar um comentário