Atriz francesa desrespeitou lei antifumo em entrevista a jornalistas em hotel.
Festival Varilux começa a partir desta quarta (8) em SP, RJ e outras cidades.
Catherine Deneuve, em São Paulo. Ela está na cidade para promover o filme 'Potiche: esposa troféu'
Mademoiselle Deneuve (como foi apresentada) está na cidade para promover “Potiche: esposa troféu”, comédia de François Ozon (“8 mulheres”, também com Catherine) que tem ainda Gérard Depardieu no elenco. A atriz e o diretor trabalharam juntos em “O último metrô” (1980), de François Truffaut, e o "reencontro" é explorado no novo filme.
“Foi um reencontro divertido para o telespectador. François usou bastante nosso passado cinematográfico no filme, foi um recurso muito hábil”, afirmou a algo explorado por Ozon, explica a atriz de filmes como "A bela da tarde" (1967).
Homens-objeto“Potiche” estreia em circuito nacional em 24 de junho e traz Deneuve como Suzanne, uma dona de casa submissa, esposa de Robert Pujol, um rico dono de uma indústria de guarda-chuvas. Após ele adoecer, ela passa a administrar a empresa, mostrando que não é um simples "objeto decorativo" ( potiche, em francês)
"Nós podemos ser objetos e todos já foram um dia. Todos tiveram em um momento de sua vida uma situação 'potiche', em que bastava estar ao lado de alguém, sem precisar manifestar suas ideias. Há muitos homens 'potiche' hoje que vivem ao lado de figuras políticas femininas", brincou.
O bom humor, aliás, foi um dos destaques da conversa de Deneuve com os jornalistas, desde o momento em que ela derrubou sua bolsa no chão até a resposta que deu ao ser perguntada se era verdade que havia pedido 400 toalhas brancas para sua estadia no Brasil.
"Isso é algo que Sharon Stone pediria! Diga-me mais o que eu pedi para exigir no hotel hoje à noite", riu. "Essas 400 toalhas irei usar para fazer uma cama de princesa. Minha extravagância eu deixo para longe daqui", completou a atriz de 67 anos, que refutou o apelido de ícone e também negou que seus papéis mais recentes no cinema - caso da dona de casa de "Potiche" - sejam uma forma de ela se desglamourizar.
"Ícone? Esse é um termo muito pesado. Não posso fazer um Godard hoje, muito menos a rainha da Inglaterra, mas escolhi esses papeis, penso, por se tratarem de personagens cotidianos que são mostradas até de um lado poético, mas sempre com uma base realista. Os filmes de Ozon são muito realistas, por isso me interesso por eles", concluiu Deneuve, que não escapou de ser perguntada sobre o segredo de sua beleza.
"Acho que é algo ligado à genética, minha mãe é bastante idosa e ainda muito bonita. Mas me protejo muito do sol, bebo muita água e como legumes cozidos. Mas não posso viver apenas disso", brincou, aproveitando para terminar o segundo cigarro da tarde.
Festival acontece em 22 cidades
O Festival Varilux de Cinema Francês, que acontece entre esta quarta-feira (8) e dia 16 de junho em 22 cidades brasileiras, vai exibir dez filmes inéditos e uma mostra com sete longas-metragens em homenagem à atriz Sandrine Bonnaire, que veio ao Brasil para o evento.
Ainda entre as convidadas ilustres do festival, Audrey Tautou - que ficou conhecida por protagonizar "O fabuloso destino de Amélie Poulain" (2001) - vêm ao Brasil promover seus novos filmes, ambos entre os longas inéditos do evento. Ela promove a comédia "Uma doce mentira", dirigida por Pierre Salvadori.
A programação do Festival Varilux também traz a comédia dramática "Copacabana", com Isabelle Huppert, dirigida por Marc Fitoussi, e o inédito "Xeque-mate", de Caroline Bottaro, estrelado por Sandrine Bonnair, que ficou conhecida como musa do cineasta Claude Chabrol.
O festival ocorre simultaneamente em São Paulo, Rio, Brasília e em mais 17 cidades e segue para Fortaleza, entre 16 e 23 de junho, e Belo Horizonte, entre 24 e 30 de junho.
Da Redação com G1
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