Ex-marido admite se render se psicóloga preparar laudo o encaminhando a psiquiatria
Uma psicóloga da Defensoria Pública está acompanhando as negociações junto com a polícia e os agentes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para atender José Elígio, de 24 anos, em Sergipe. Elígio mantém sua ex-mulher, Cristielane Caetano Mota Santos, de 21 anos, refém em sua própria casa há cerca de 25 horas.
Segundo a polícia, a estratégia para a libertação da jovem continua sendo a negociação. Elígio disse também que se dispõe a receber um laudo elaborado pela psicóloga encaminhando-o a um centro psiquiátrico, para render-se. O homem estaria inconformado com o fim de seu casamento com Cristielane.
Por volta das 9h da segunda-feira (18) o homem, armado com um revólver, entrou na casa e, após uma discussão com a ex-mulher, disparou contra uma das pernas dela, atingindo a vítima de raspão. Ao escutarem o tiro, vizinhos acionaram a Polícia Militar, que cercou a casa e, posteriormente, o quarteirão, para facilitar a negociação com Elígio.
Segundo a polícia, a possibilidade de invasão da casa foi descartada. A estratégia agora é vencer o homem pelo cansaço. Diversos policiais do Comando Especial estão posicionados em frente à casa e em outros pontos. Ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também estão no local, caso haja a necessidade de socorro.
O homem também já ofereceu trocar a refém pelo pai da jovem, mas a polícia também descarta essa ação. Elígio estaria também apresentando diversos picos de agressividade, ameaçando matar a mulher a qualquer momento.
A mulher denunciou o marido na última sexta-feira (15) por agressão. Ela teria dito a um colega de trabalho que há muito tempo vinha sofrendo ameaças do ex-marido.
O casal tem um menino de cinco anos e viveu junto durante sete anos. Cansada de apanhar do marido, Cristielane, há 20 dias, resolveu se separar de Elígio ao saber que ele havia pedido demissão do serviço e comprado um revólver. Inconformado com a separação, o acusado ainda tentou várias vezes retomar a união, mas não conseguiu convencer a jovem. Uma tia de Cristielane, tentou ajudar policiais militares e civis nas negociações.
Elígio permitiu a entrada de uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) para que fosse realizado um curativo na perna da vítima, dominada após voltar da escola, onde havia deixado o filho. A energia da residência foi cortada. Segundo a polícia, a maior preocupação de Eligio nas primeiras horas de negociação era saber quanto tempo de pena pegaria pelo crime.
Da Redação com R7
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