Aécio promete críticas ao PT no primeiro discurso
Dois meses depois de tomar posse como senador, tucano resolveu falar
Carolina Freitas
  O senador Aécio Neves (PSDB-MG) prometeu para esta quarta-feira, às 15  horas, seu discurso de estreia na Casa. Na noite de terça, o tucano  ainda fazia os últimos ajustes no texto, mas as linhas condutoras da  fala já estão definidas. Aécio fará duras críticas ao estilo de atuação e  de governo do PT e apresentará bandeiras da oposição, como a  descentralização do poder e dos recursos públicos. 
  Aécio lembrará os feitos do PSDB pelo Brasil. No discurso do senador,  os tucanos aparecem como os responsáveis pela “modernização” do país.  Ele vai citar transformações promovidas pelo ex-presidente Fernando  Henrique Cardoso, como o controle da inflação. Ao mesmo tempo, dirá que  os parlamentares do PT foram contra o Plano Real e a Lei de  Responsabilidade Fiscal na época em que o governo FHC lutou para  aprová-los. Agora, no entanto, o PT aplaude essas conquistas. É um  exemplo do que Aécio listará como “contradições do PT”.
  O senador apresentará propostas para melhoria das condições políticas,  econômicas e sociais do país e falará sobre o papel do Congresso nesse  processo. Aécio colocará como uma necessidade para o desenvolvimento do  país as grandes reformas e detalhará ideias para o fortalecimento dos  estados e municípios e para a melhoria dos serviços de saúde, saneamento  e segurança pública. 
  Desde que foi empossado senador, em fevereiro, Aécio vinha mantendo um  silêncio obsequioso em relação ao governo Dilma Rousseff. Chegou a  anunciar que faria um discurso de apresentação na segunda semana da  legislatura. Diante do debate acalorado a respeito do reajuste do  salário mínimo, recuou. Aécio escolheu agora uma semana simbólica para  sua fala no Plenário, já que em 10 de abril Dilma Rousseff completa cem  dias na Presidência, uma marco para o fim da trégua da oposição com o  governo. 
  O senador só abriu o verbo contra o governo federal no último sábado,  ao chegar para uma reunião de governadores do PSDB, em Belo Horizonte.  Acusou o PT de usar o Brasil a serviço do partido. Deu, assim, a tônica  do que deve ser sua atuação no Senado, como líder da oposição.
Da Redação com Veja 
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