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Japão: nº de mortos ultrapassa 5.100

Japão: nº de mortos ultrapassa 5.100
O número de mortos por causa do terremoto e do tsunami que atingiram o Japão na última sexta-feira (11) chegou a 5.178 nesta quinta-feira (17), informou a polícia japonesa. Foi um aumento de quase mil vítimas em menos de 24 horas. O número de feridos subiu para 2.285.

Em ao menos seis Províncias, 8.606 continuam desaparecidas, o que pode fazer o número total de mortos ultrapassar os 12 mil, segundo as estimativas mais recentes.

O número final de vítimas ainda pode aumentar em alguns municípios das Províncias mais afetadas, como Iwate, Miyagi e Fukushima, onde milhares de pessoas seguem sem ser localizadas.

Cerca de 100 mil militares japoneses, auxiliados por voluntários estrangeiros especialistas em salvamento, vasculham a zona devastada na busca por sobreviventes presos sob escombros ou arrastados mar adentro pela onda gigante de 10 m de altura.

As equipes de resgate lutam contra as constantes réplicas, o intenso frio ao norte da ilha de Honshu e a enorme destruição deixada pelo terremoto.

O governo japonês informou nesta quinta-feira que resgatou 26 mil pessoas com vida após o terremoto e o tsunami.

Quase 80 mil edifícios e casas foram destruídos e mais de meio milhão de pessoas vivem em cerca de 2.500 abrigos temporários, muitos dos quais não têm água potável e eletricidade.

A magnitude da tragédia levou o imperador Akihito a dirigir-se pela televisão à população pela primeira vez em seus 22 anos de império para pedir calma e orações pelos sobreviventes.

Usina nuclear preocupa

O lançamento de água do mar a partir de helicópteros militares na usina nuclear de Fukushima não fez com que os altos níveis de radiação diminuíssem, informou nesta quinta-feira (17) a empresa operadora, a Tokyo Electric Power (Tepco).

A maior preocupação neste momento é o reator 3 da usina nuclear, onde dois helicópteros das Forças de Autodefesa já lançaram 7.000 litros de água, mas os níveis de radiação seguem estáveis. Além dos helicópteros, 11 caminhões com canhões d'água estão tentando resfriar o local.

O nível de radiação ao redor da central, onde estão 180 trabalhadores, é de 3.000 microsievert por hora, frente aos mil microsievert por ano que se consideram seguros para a saúde humana.

Os helicópteros lançaram água de uma altura de 90 m, quando o nível de radiação se situava em 4,13 milisievert por hora, segundo explicou o ministro de Defesa japonês, Toshimi Kitazawa.

O Governo do Japão, no entanto, assegura que não há planos de ampliar a área de evacuação além do raio estabelecido de 20km da usina de Fukushima.

Retirada de pessoal

O porta-voz do Governo, Yukio Edano, assinalou também que o Japão "entende" a recomendação dos Estados Unidos para que seus cidadãos em um raio de 80km da central abandonem a zona, mas insistiu que por enquanto o Governo japonês não considera necessário ampliar o perímetro estabelecido.

Cerca de 200 mil pessoas foram retiradas da região nos últimos dias. Foi recomendado que aqueles que vivem entre 20 km e 30 km não saiam de suas casas, fechem as janelas e evitem usar os aparelhos de ar-condicionado.

Nesta quinta-feira, as autoridades japonesas aumentaram em 28 mil o número de afastados das localidades próximas à usina nuclear. Estas pessoas foram levadas para centros de amparo na província de Fukushima e nas zonas de Niigata e Togichi, segundo a rede de televisão NHK.

Todos os seis reatores apresentam problema

A operação de resfriamento é parte de mais uma tentativa desesperada dos técnicos japoneses para conter um desastre ainda maior na central, danificada pelo forte terremoto seguido de tsunami, que atingiu o país há seis dias.

A AIEA (agência nuclear da ONU) também divulgou nota dizendo que a temperatura nos reatores 5 e 6 está subindo. Todos os reatores apresentam problemas.

Mais cedo, o diretor da Comissão Reguladora Nuclear americana, Gregory Jaczko, disse que o acidente nos reatores nucleares de Fukushima 1 é pior do que os japoneses esperavam.

A autoridade dos EUA disse que a radiação em torno do reator 4 da central japonesa chegou a um nível “extremamente alto”.

Ele explicou que a piscina de armazenamento de combustível usado no reator 4 da usina nuclear japonesa Fukushima não tem mais água, o que gera níveis de radiação "extremamente altos”.

Do R7.com

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