TV Paraíba flagra venda sem autorização da Agência Nacional de Petróleo.
Comércio acontece em distrito que não tem posto de combustíveis.
Comerciantes do distrito de Galante, pertencente ao município de Campina Grande, foram flagrados vendendo combustível em locais inapropriados e a preços acima da média praticada pelos pontos legalizados.
As gravações feitas pela TV Paraíba com uma câmera escondida mostram litros de gasolina sendo vendidos ilegalmente dentro de uma lan house, o que coloca em risco crianças e adolescentes que se divertem em computadores e videgames. Quem mora perto do local também fica exposto ao risco de acidentes.
Galante não dispõe de nenhum posto de combustíveis legalizado e autorizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). O estabelecimento mais próximo fica na saída da zona urbana para a BR-230. Na lan house, a gasolina fica armazenada em tambores no chão, nos fundos da casa, e é vendida aos consumidores em garrafas de plástico. O preço é mais caro do que a média: enquanto em Campina Grande o litro é comercializado por R$ 2,69, em Galante é encontrado por R$ 2,80.
Comerciante retira gasolina de tambor e enche
garrafa pet (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
Sem saber que está sendo filmado, o dono da lan house comenta que a venda é feita em pelo menos outros três pontos clandestinos do distrito. “Não tem posto de gasolina, mas gasolina tem em uns três pontos. Se o cabra botar um posto aqui não tem recompensa”, revela o comerciante.garrafa pet (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
Segundo ele, o combustível é levado diariamente por um 'atravessador', que recolhe o líquido em um depósito e transporta de carro até Galante. O dono de uma oficina de motocicletas revela que vende 120 litros por dia.
De acordo com Bruno Agra, presidente Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Derivados do interior da Paraíba (Sindirev), a revenda de combustíveis e gás de cozinha só pode ser exercida por estabelecimentos cadastrados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Uma decisão judicial determina a busca e apreensão dos produtos que estiverem sendo comercializados irregularmente em Campina Grande.
Bruno Agra também alertou para o perigo de explosões nos espaços que vendem o produto clandestinamente. Segundo ele, para abrir um estabelecimento do tipo é necessária uma série de autorizações ambientais e alvarás que garantem a segurança do empreendimento e das pessoas que trabalham ou vivem nas proximidades, o que não teria sido feito pelos vendedores de Galante.
Apesar das normas rígidas de segurança, a irregularidades também são cometidas na zona urbana de Campina Grande. Em toda a cidade, são vistos botijões de gás sendo vendidos de forma inapropriada em calçadas de ruas. Conforme o Sindirev, 18 mil botijões de gás são vendidos irregularmente por ano, em locais não autorizados. A estimativa é de que o prejuízo anual passe dos R$ 7,5 milhões.
Da Redação com G1 PB
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