sexta-feira

Empresas calçadistas paraibanas fecham primeiras vendas em Cuba


Missão comercial da Paraíba em Cuba começa a gerar negócios.Foto:Secom-PB
A missão comercial da Paraíba em Cuba começa a gerar negócios. O primeiro a sentir os resultados é o setor calçadista. A indústria Hawaí Calçados fechou uma venda com as empresas brasileiras Odebrecht e Brás Cuba para fornecer seis mil pares de botas de segurança ainda este ano, no valor de US$ 120 mil. Já a Jusceman fechou uma pré-venda com a empresa cubana Cimex para 12 mil pares de calçados sintéticos e de borracha no valor de US$ 38 mil. As duas empresas de Campina Grande vão gerar cerca de US$ 158 mil, somente nessas duas vendas.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados da Paraíba e proprietário da Hawai Calçados, Eduardo Almeida Souto, conta que não existem fábricas desse tipo de calçado em Cuba.  Segundo ele, os quatro empresários vieram na expectativa de conhecer o mercado do país, mas o resultado superou as expectativas, conseguindo bons contatos e prospecção de outros que devem se concretizar, devido à boa aceitação do produto paraibano e da grande demanda do produto no país.
“O apoio do governador do Estado foi essencial para o bom resultado da missão. Se viesse só um grupo de empresários, sem os contatos prévios com o governo cubano, as empresas e a Apex [Agência Brasileira de Apoio a Exportação], não teríamos acesso a ministros, presidente da Câmara de Comércio, além da liberdade para entrar nas fábricas e negociar de forma tão aberta com os empresários”, salientou Souto.
O empresário Airton Figueiredo, da Jusceman, vê possibilidades concretas para a empresa voltar a fornecer calçados para Cuba, como fatores culturais e a grande demanda de calçados no país. Ele saiu animado da rodada de negócios com empresários de calçados do país – e também prospectou negócios com o governo cubano para a venda de tênis para a distribuição nas escolas da ilha, e com outra empresa para a distribuição de PVC expandido e borracha para a montagem de sandálias em Cuba. “É uma forma de gerar emprego também em Cuba na montagem e embalagem das sandálias. Isso demonstra uma preocupação do país em gerar renda na ilha”, destacou.
Airton fez uma avaliação positiva da missão Brasil Cuba, principalmente pelo apoio da Paraíba e da Apex, que abriram as portas do governo cubano para as empresas paraibanas. “O resultado foi tão positivo que existe a possibilidade de fornecermos tênis para o governo de Cuba distribuir nas escolas isso demonstra o respaldo do governo da Paraíba e a qualidade do calçado paraibano”.
Negócios nacionais – A Paraíba é o segundo Estado do país em volume de exportações e, junto com a indústria têxtil, representa 80% das exportações.  De acordo com o presidente da Companhia Docas, Wilbur Jácome, a qualidade do calçado paraibano tem conseguido concorrer com os produtos chineses, que possuem preços muito baixos, em diversos mercados. “As empresas cubanas, na primeira oportunidade de conhecer o produto paraibano, se interessaram pela importação do produto, animando os empresários calçadistas presentes em Cuba. Quem participa de rodadas de negócios sabe que as vendas acontecem em médio prazo, mas os resultados da missão são surpreendentes e estão surgindo rápido”, avaliou.
Segundo a presidente da Cinep, Margarete Bezerra, existe uma carência do mercado cubano neste segmento e o início de abertura do mercado cubano que só favorecem os empresários paraibanos que buscam negociar com governo e empresas cubanas no momento certo. “As rodadas criaram oportunidades de negociação direta, e a visita a Câmara de Comércio de Cuba fizeram com que os empresários conhecessem sobre a legislação e as exigências para importarem seus produtos ou investirem no mercado cubano”, comentou.
Secom-PB

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