Vacianção contra febre aftosa
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês) reconheceu as zonas de proteção da Bahia, de Tocantins e de Rondônia como livres de febre aftosa com vacinação. O anúncio foi feito ontem durante a 79ª Assembleia Geral de Delegados da OIE, em Paris, e informado hoje pelo Ministério da Agricultura. Segundo o coordenador-geral de combate às doenças do Ministério, Orasil Romeu Bandini, as áreas já eram consideradas de proteção livres da doença com aplicação de vacina pelo governo brasileiro desde dezembro, mas ainda não tinham o aval internacional.Com a resolução da OIE, as três áreas passam a ter o mesmo status sanitário em todo o território, sem restrições quanto ao comércio e trânsito de animais. "Antes, era preciso fazer quarentena e sorologia dos animais. Isso encarecia o processo e desestimulava a pecuária nessas regiões. A partir da declaração do governo brasileiro no fim do ano passado, o valor do bezerro quase dobrou em alguns desses Estados", informou Bandini.
As zonas de proteção foram estabelecidas para isolar parte da Bahia, de Tocantins e de Rondônia de áreas fronteiriças com Estados que têm status sanitário inferior, como Pernambuco, Piauí, Maranhão e Amazonas. Na Bahia, a zona abrange oito municípios - Casa Nova, Remanso, Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Buritirama, Mansidão, Santa Rita de Cássia e Formosa do Rio Preto. São cerca de 10 mil criadores e um rebanho de aproximadamente 255 mil cabeças.
Em Tocantins, os municípios que compõem a área são: Barra do Ouro, Campos Lindos, Goiatins, Lizarda, Mateiros, Recursolândia e São Felix do Tocantins, com rebanho estimado em 133,6 mil cabeças. Em Rondônia, a zona inclui o norte de Porto Velho e parte dos municípios de Canutama e Lábrea, já localizados no Amazonas.
Hoje, 15 unidades da federação são reconhecidas pela OIE como livres de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Além disso, detêm esse status a região centro-sul do Pará e os municípios de Guajará e Boca do Acre, no Amazonas. Santa Catarina é considerado pela OIE como livre da doença sem vacinação.
O Ministério da Agricultura reconhece como risco médio de febre aftosa os seguintes Estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e a região centro-norte do Pará. Em alto risco encontram-se Roraima, Amapá e as demais áreas do Estado do Amazonas.
Da Redação com Estadão
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