A Paraíba continua liderando a produção de abacaxi no País. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que o Estado deverá colher este ano 280 milhões de frutos, enquanto os agricultores paraenses devem ficar em segundo lugar com 260 milhões de unidades e o Estado de Minas Gerais em terceiro com 245 milhões. Essa perspectiva supera o índice registrado no ano passado, que foi de 263 milhões de frutos em uma área de 8.918 hectares.
E, no que depender do empenho do Governo, o Estado não vai perder essa posição. Para tanto, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) está incentivando a introdução de novas cultivares, a exemplo da ‘vitória’, variedade resistente a fusariose, principal doença que atinge o fruto, causando a perda de cerca de 30% a 40% da produção.
Mudas – Em janeiro deste ano, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater-PB) recebeu 68 mil mudas da variedade ‘vitória’, que foram plantadas de início no município de Itapororoca, e com um processo de tratos culturais deverão ser multiplicadas, atingindo um total de 300 mil mudas para distribuição em 10 hectares de áreas de assentamento e associações de produtores de abacaxi da região.
O assessor estadual da cultura do abacaxi da Emater-PB, o engenheiro agrônomo Leôncio Villar, faz um trocadilho com relação à nova variedade da fruta adquirida pelo Estado. “O abacaxi vitória é uma vitória contra fusariose”. Para ele, além de mais produtivo, o fruto tem mais qualidade e maior aceitação no mercado. Ele destaca que seu porte se assemelha ao ‘pérola’ e ‘smooth cayenne’, variedades mais consumidas, além de não possuir espinhos nas folhas, facilitando os tratos culturais.
Procedência – Leôncio Villar explica que a muda do abacaxi ‘vitória’ foi produzida em laboratório, originada de três híbridos elaborados pela Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical em Cruz das Almas (BA). Depois, foi introduzida nas Fazendas Experimentais do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). “Os frutos são cilíndricos, possuem cor amarelada e quando maduros tem elevado teor de açucares proporcionando uma fruta de excelente aceitação no mercado”, diz o assessor.
Quanto à aceitação dos produtores em realção a cultivar ‘vitória’, Leôncio lembra que vai depender da aprovação dos consumidores. Ele adianta que é pouco provável a não aceitação já que, além da resistência a fusariose, a variedade dispensa o uso de fungicidas e causa menos agressão ao meio ambiente.
Cultura em expansão – A expansão da abacaxicultura na Paraíba, na opinião da professora do Departamento de Ciências agrárias da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Silvana de Melo Silva, está passando por um processo de organização. Instituições como a UFPB, a Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), além de outros parceiros como associações de produtores de abacaxi e assentamentos rurais estão desenvolvendo um projeto multidisciplinar em torno da cultura.
A idéia central é estruturar a introdução de novas cultivares, como é o caso da ‘vitória’, já plantada. Por meio desse projeto de pesquisa, que é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Banco do Nordeste, serão definidos parâmetros de produção, manejo cultural, qualidade, além do manejo de pragas e doenças, ou seja, envolve toda a cadeia produtiva desde o preparo do solo à comercialização.
Para ela, como o Estado tem tradição no cultivo de abacaxi com um total de 36 municípios produtores, “é obrigação dessas instituições trabalharem essa cultura, tornando-a ainda mais competitiva. O abacaxi é a quarta cultura que mais gera lucro na Paraíba, perdendo apenas para o milho, o feijão e a mandioca”, completa
Da Redação Com Paraíba Verdade
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