domingo

Espanha é a campeã da Copa 2010


Espanha vence Holanda com gol de Iniesta na prorrogação
e é campeã da Copa do Mundo pela primeira vez

Meia espanhol marca aos 11min da segunda etapa do tempo extra e dá título aos espanhóis


Com um gol de Andrés Iniesta aos 11min do segundo tempo da prorrogação, a Espanha venceu a Holanda por 1 a 0 neste domingo (11) e se tornou a oitava seleção a ser campeã da Copa do Mundo. Em um jogo marcado por tensão e violência, o jogador do Barcelona decidiu o título e coroou quatro anos brilhantes que a equipe teve desde o último Mundial.

Foi a sexta vez que a final da Copa do Mundo foi para a prorrogação, e a quarta em que o tempo extra decidiu o campeão. As anteriores tinham sido 1934, 1966 e 1978.

A vitória acaba com o título de "amarelona" da seleção espanhola e coroa o futebol do toque de bola e da habilidade. Tida como favorita antes do Mundial, a seleção espanhola perdeu na estreia, diante da Suíça, e levantou os fantasmas de outras Copas, mas venceu os seis jogos seguintes, com uma seleção que tinha o Barcelona e o Real Madrid como base.

Para a Holanda, o vice é uma decepção gigantesca e reabriu as feridas das derrotas de 1974 e 1978, quando a seleção também ficou na segunda colocação. A seleção laranja é a primeira da história a ter três vices e nenhum título.


O resultado deixou o Brasil como único país que foi campeão mundial vencendo todos os jogos, o que ocorreu em 1970 e 2002. A Holanda poderia entrar para esse grupo com uma vitória.

Com o título, a Espanha se juntou a Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, Inglaterra e França na galeria dos campeões mundiais.

A Espanha começou o jogo na sua característica, tocando muito a bola. Envolvendo a zaga holandesa, a seleção de Vicente del Bosque conseguiu uma falta aos 5min. Após a cobrança, Sergio Ramos subiu de cabeça e obrigou Stekelenburg a fazer uma boa defesa. Quatro minutos depois, o lateral-direito fez boa jogada, invadiu a área e chutou cruzado, mas a defesa afastou o perigo.


A Holanda tinha dificuldade de ficar com a posse de bola. Dirk Kuyt e Wesley Sneijder deram chutes perigosos, mas ambos foram em situações especiais. Enquanto Kuyt aproveitou um passe errado da defesa espanhola, Sneijder cobrou falta de muito longe. Em ambas as vezes Casillas defendeu.

Outra característica da partida em seu início foi a violência. Antes dos 28min do primeiro tempo, cinco jogadores já tinham cartão amarelo, todas por entradas duras. Pela Espanha, Sergio Ramos e Carles Puyol; pela Holanda, Robin van Persie, Mark van Bommel e Nigel de Jong. Mas o árbitro inglês Howard Webb não estava rigoroso, pois as faltas cometidas pelos dois últimos foram muito duras.

Um lance curioso ocorreu aos 33min, a Espanha jogou a bola para fora para o atendimento de Puyol. Após o lateral, o zagueiro holandês Heitinga lançou de volta a Casillas, mas a bola pingou na frente do goleiro e o encobriu. Com um toque de ponta de dedos, o espanhol desviou para escanteio e deu um olhar de desaprovação ao holandês. Na sequência, Van Persie rolou a cobrança para o goleiro.

O lance parece ter acendido as duas equipes, que melhoraram a produção no final do primeiro tempo. Aos 36min, Robben cobrou escanteio curto, Heitinga errou o chute e a bola sobrou para o outro zagueiro, Mathijsen, que furou feio na grande área. Em seguida, Pedro avançou contra a zaga holandesa, mas chutou para fora. Aos 46min, Robben chutou rasteiro de esquerda, mas Casillas espalmou. A etapa inicial terminou equilibrada.

Os times voltaram com a mesma escalação para o segundo tempo, e o equilíbrio continuou. A primeira chance de gol foi da Espanha. Aos 3min, Puyol desviou cruzamento de cabeça. Na segunda trave, Capdevila teve a chance de desviar para o gol, mas a bola caiu no pé direito do lateral-esquerdo. O resultado foi mais uma furada.

A violência continuou na etapa final, com cartões para Giovanni van Bronckhorst e John Heitinga. Susto mesmo só aos 13min, quando o mesmo Heitinga cabeceou para fora na cara do gol de Casillas. O bandeirinha, no entanto, já tinha marcado impedimento.

Após esse lance, a superioridade da Holanda no segundo tempo ficou evidente. Aos 16min, houve a melhor chance de jogo até então. Sneijder deu lindo passe para Robben, que avançou sozinho da intermediária contra Casillas. Na saída do goleiro, o atacante tocou de esquerda. O arqueiro espanhol caiu para proteger o canto direito, mas tocou com a ponta do pé e a bola foi para escanteio.

A grande chance espanhola veio aos 25min. Jesús Navas, que entrou no lugar de Pedro, cruzou rasteiro da direita. Heitinga falhou e a bola sobrou para Villa na pequena área. Ele chutou bem, mas a bola bateu na zaga e saiu. Aos 31min, os espanhóis perderam outra chance incrível. Após cobrança de escanteio, Sergio Ramos subiu livre de frente para o gol, mas finalizou por cima.

Robben ainda teve boa chance em nova arrancada. Segurado por Puyol, ele não conseguiu driblar Casillas. A reclamação com Howard Webb não surtiu efeito e o tempo normal terminou sem gols.

Na prorrogação, a Espanha teve uma chance clara de gol aos 4min. Cesc Fábregas recebeu lindo lançamento e avançou livre contra o gol holandês. No toque de esquerda, foi a vez do goleiro Stekelenburg afastar com o pé. Logo em seguida, a Holanda quase marcou. Sneijder cobrou escanteio, Casillas saiu mal e Mathijsen, sem goleiro, cabeceou por cima.

Aos 8min, Andrés Iniesta perdeu mais uma chance incrível para a Espanha. Ele recebeu passe na meia lua e, em vez de chutar, tentou driblas Von Bronckhorst, sem sucesso. Ainda antes do final do primeiro tempo do tempo extra, Jesús Navas chutou cruzado, a bola desviou na zaga e “matou” Stekelenburg. Mas a sorte esteve ao lado da Holanda no lance, pois a bola bateu na rede pelo lado de fora.

Aos 3min do segundo tempo da prorrogação, Heitinga foi expulso ao cometer falta perigosa em Iniesta. Na cobrança, Xavi chutou por cima do gol. O gol do título veio aos 11min. Após confusão no ataque, Iniesta recebeu de Fábregas e chutou na saída de Stekelenburg, sacramentando o título.
 R7

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