Pesquisa do IBGE analisa impactos da renda familiar sobre a alimentação diária
Pesquisa mostra que é maior a prevalência da insegurança alimentar onde moravam jovens e crianças
Segurança alimentar é o direito ao acesso regular a alimentos de qualidade, item que passou a integrar a Constituição Federal a partir deste ano.
O levantamento, que analisa os impactos da renda familiar sobre a alimentação, mostra que, entre 2004 e 2009, diminuiu de 34,9% para 30,2% o número de domicílios em situação de IA, totalizando 65,6 milhões de pessoas.
Neste período, aumentou de 18% para 18,7% o percentual de residências onde os moradores viviam em situação de insegurança leve (quando há incerteza em relação ao acesso à alimentação). Entretanto, diminuiu a situação de insegurança alimentar moderada (quando a quantidade de alimentos diminui entre adultos), de 9,9% para 6,5% de residências; e também caiu o percentual IA grave (quando mesmo as crianças chegam a ficar um dia inteiro sem comer), de 7% para 5% das moradias particulares – totalizando 11,2 milhões de pessoas.
Para chegar aos resultados, o instituto questionou se os entrevistados já ficaram sem dinheiro para comprar comida “saudável e variada” nos três meses anteriores à pesquisa, entre outras questões relacionadas. Como era de se imaginar, quanto menor o rendimento familiar, maior o número de pessoas cuja alimentação foi ameaçada de alguma forma.
Neste contexto, o estudo mostra que em 55% das residências em situação de IA moderada ou grave a renda mensal domiciliar per capita não passava de meio salário mínimo. Por outro lado, 13,7% dos domicílios em segurança alimentar também integravam essa faixa de rendimento.
Outro dado curioso do estudo é em relação à faixa etária dos moradores. Segundo o IBGE, nas residências, era maior a prevalência da insegurança alimentar onde moravam jovens.
Em 2009, 8,1% da população com até 17 anos chegou a passar fome. Por outro lado, entre a população idosa (com mais de 65 anos), o percentual de pessoas que sofreu com a falta de comida era de 3,6%.
Neste sentido, o estudo aponta que, quanto mais velhos os moradores, menor a proporção de domicílios que sofreram restrições alimentares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário