quarta-feira

As águas vão rolar...



E rolaram mesmo.

A Paraíba foi visitada por um grande volume d’água, que se derramaram sobre nossos telhados, campos e cidades, córregos e rios, muito tempo não recebiam tanta água. De um lado, a nossa gratidão aos céus, e do outro a nossa preocupação com o bem estar e segurança dos que habitam em área de risco. Mas porque habitam em área de risco? Não houve planejamento... A reforma agrária não foi concluída, e o homem do campo e sua família migraram para cidade e esta por sua vez, não conseguiu desenvolver uma política urbana capaz de acolher de forma integrada os novos moradores. Nossos governantes: Estado e Município, parecem não compreender, ou não querer dar passos (omissão) até porque, é bom ter um povo submisso, semi-analfabeto e empobrecido, isto rende votos, aliás, que interesse se tem em um povo politizado e consciente?! Esse gritaria, não venderia seu voto, seria exigente cobrando atuação transparente de vereadores, prefeitos, deputados e demais governantes. Como isso não acontece fica tudo como esta: uma campanha para acalmar as consciências, uma esmola pelo amor de Deus, um donativo, uma reza do pastor ou do padre, por fim o sentimento de pesar pelas vítimas e a vontade de realizar as atividades emergências (necessárias), o que não deveria só nesses momentos.

O ideal, é que devemos todos nos importar com esta realidade: devolver aos rios os espaços que são deles, relocar as famílias para áreas descentes e seguras; repensar políticas habitacionais; não esquecer o processo de reforma agrária levando o homem a permanecer no campo com as devidas condições de vida; ampliar as parcerias entre iniciativas publicas e privadas e demais instituições a favor de uma cidade mais planejada e por fim desenvolver uma cultura da co-responsabilidade a favor da vida e da paz, e então, poderemos receber mais águas pois elas não pedem licença para chegar.

Da Redação com Bayer em Foco
 

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