quarta-feira

Testemunhas se calam e dificultam investigações sobre incêndios

Retrato falado de um dos suspeitos de ter ateado fogo nos ônibus

Divulgação/Secom-PBRetrato falado de um dos suspeitos de ter ateado fogo nos ônibus




Há uma semana os moradores de João Pessoa presenciaram um crime pouco comum na cidade: o incêndio de ônibus. Os ataques aconteceram na segunda (2) e na terça-feira (3) no bairro Valentina Figueiredo. A Poícia Civil segue com as investigações na tentativa de capturar os acusados, mas lamenta que, por medo, as testemunhas evitaram prestar depoimento.
O delegado Ademir Fernandes, da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos, disse que apenas os motoristas e cobradores dos ônibus incendiados foram ouvidos. “Conseguimos o contato de uma passageira, mas quando fomos ligar o telefone sempre estava desligado. Acredito que por medo ela trocou de número”, disse.
Segundo o delegado, mesmo com a dificuldade para ouvir as vítimas, o retrato falado de um dos acusados conseguiu ser concluído e divulgado.
O delegado Ademir Fernandes pediu para que as testemunhas dos crimes se apresentem na Delegacia de Roubos e Furtos, na Central de Polícia, para ajudar nas investigações.
Ninguém assumiu
Um ponto curioso dos ataques, de acordo com o delegado, foi que até o momento nenhum grupo criminoso assumiu a autoria dos incêndios. Além disso, nenhuma carta com reivindicações foi entregue à polícia. “Nós acreditamos que os ataques estão relacionados com algumas prisões que foram feitas e também com as ações que estão sendo realizadas no sistema penitenciário”, explicou o delegado Ademir Fernandes.
O delegado disse ainda que a ordem para incendiar os transportes públicos coletivos partiu de dentro de algum presídio de João Pessoa. "Não posso revelar maiores detalhes para não prejudicar nas investigações", concluiu.
Ataques
Na última terça-feira (2), dois homens incendiaram um ônibus no bairro Valentina Figueiredo, em João Pessoa, logo depois de praticar um assalto.Testemunhas disseram à Polícia Militar que a dupla entrou no ônibus da empresa São Jorge com garrafas PET nas mãos.


Eles renderam o cobrador e roubaram cerca de R$ 100 em dinheiro. Em seguida despejaram o líquido no interior do ônibus e atearam fogo, fugindo em seguida. Ninguém ficou ferido.
Já na quarta-feira (3), o segundo ataque aconteceu à noite novamente no Valentina de Figueiredo. O veículo também era da empresa São Jorge.

Da Redação com Paraíba1

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