quinta-feira

FCJA celebra Dia Nacional do Folclore com exposição de santeira

 
Celebração do Dia Nacional do Folclore/Secom-PB 

A celebração do Dia Nacional do Folclore teve início na manhã desta terça-feira (23) na Fundação Casa de José Américo e prosseguirá até o dia 23 de setembro, em uma realização do Governo do Estado, com a exposição “Ana Pamplona – a imaginária sertaneja”. O evento contou com a parceria da Fundação Joaquim Nabuco (PE), que cedeu o acervo das obras da santeira paraibana, da coleção particular do pesquisador Roberto Emerson Câmara Benjamin, doadas ao Museu O Homem do Nordeste, que faz parte da  instituição pernambucana.
Durante um mês, a exposição poderá ser visitada, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h30, no Salão de Exposição da FCJA, na orla do Cabo Branco. A exposição tem cerca de 40 peças de madeira, com representatividade da arte santeira, confeccionadas pela artista, que nasceu Ana Maria Pires, no ano de 1900, no município São João do Rio do Peixe, onde também faleceu, em 1984.
Na solenidade de abertura, a Fundação Joaquim Nabuco foi representada pela coordenadora de Planejamento e Difusão Cultural do Museu O Homem do Nordeste, a pesquisadora Silvana Barbosa Lira de Araújo.  Na ocasião houve uma mesa redonda intitulada “A arte santeira na Paraíba”, com a participação dos especialistas em arte popular Oswaldo Meira Trigueiro, José Nilton da Silva e José Augusto de Moraes. A mesa foi aberta pelo presidente da Fundação Casa de José Américo, Flávio Sátiro Filho, e coordenada pela diretora do Museu da FCJA, Janete Lins Rodriguez.
Sobre Ana Pamplona – Conforme texto do pesquisador e cientista político Roberto Emerson Câmara Benjamin, Ana Pamplona era agricultora e artesã santeira, casada com José Alves Pamplona, e devota de São José e São Francisco.  “Casou tão cedo que teve a desdita de enterrar o marido, filhos, netos e bisnetos. Para todas as doenças tinha ervas em seu jardim, mas não se considerava curandeira”, conta Benjamin.
O pesquisador diz também que ela fazia bichinhos de pano, preparava flores de tecidos, massa, laminados plásticos e em lata – capelas de noiva e coroas para enterros. Nos santos, começou restaurando imagens velhas, de madeira e gesso, com retoques. Depois passou a fazer as suas próprias imagens. Pedaços de faca, cacos de vidro, canivete, serrote, pregos, pincéis improvisados eram os seus instrumentos de trabalho, espalhados junto a latinhas de tinta industrial, pedaços de caixotes e tocos de umburana, tudo em cima ou no entorno da esteira onde se sentava para criar seus santos.

Da Redação com Secom-PB

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