A quantidade apreendida é 6,7 vezes maior que os 700kg utilizados para implodir o estádio da Fonte Nova, em Salvador, em agosto do ano passado. O delegado geral da Polícia Civil potiguar, Ronaldo Gomes, acredita que o estabelecimento estava fornecendo explosivos para as quadrilhas de detonadores de bancos no RN e PB nos últimos meses. "Basta a gente fazer a relação: várias quadrilhas vinham usando dinamites para arrombar caixas eletrônicos nos dois estados e agora encontramos esse estabelecimento, exatamente na fronteira. Vamos continuar as investigações para saber qual a relação desse comércio com as quadrilhas". Segundo o delegado geral, o material será encaminhado ao Exército Brasileiro para que sejam feitas perícias e se identifique a origem da carga. Ronaldo Gomes afirma que há a possibilidade de os explosivos encontrados em Carnaúba dos Dantas terem sido roubados de uma pedreira em Alagoas.
O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, Aldair da Rocha, ressalta que desde o último sábado, com a prisão de uma quadrilha especializada na detonação de bancos, a polícia potiguar tem feito ações efetivas de combate a esse tipo de crime.
No trabalho articulado das polícias da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, o governo deste último estado anunciou ontem uma recompensa no valor de R$ 10 mil para quem der informações concretas que possam ajudar a polícia a identificar e prender integrantes das quadrilhas que vem explodindo bancos nos três estados nordestinos.
O coronel Francisco Araújo Silva, comandante geral da Polícia Militar no Rio Grande do Norte, explicou que a apreensão do material começou com a prisão de Eronildes Roberto Soares, de 47 anos, em Lajes, na manhã de quinta-feira. Ao saber do fato, o delegado geral da Polícia Civil, Ronaldo Gomes, passou a coordenar a operação. A partir do interrogatório, o acusado indicou o local onde comprou o produto e a polícia fez as prisões.
Da Redação com O Norte
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