quinta-feira

Número de mortos por terremoto na Nova Zelândia chega a 98

Primeiro-ministro afirma que 226 pessoas continuam desaparecidas


Tracey Nearmy/EfeTracey Nearmy/Efe
Equipes têm poucas esperanças de encontrar sobreviventes sob os emcombros no centro de Christchurch
O primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key, anunciou nesta quinta-feira (24) que já há 98 mortes confirmadas pelo terremoto de 6,3 graus de magnitude na escala Richter que sacudiu a cidade de Chirstchurch na segunda-feira (21).
Key declarou à televisão local que 226 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros de dezenas de edifícios que desmoronaram após o tremor. Enquanto se espera que o número de vítimas fatais aumente nas próximas horas, as equipes de resgate têm cada vez menos esperança de encontrar sobreviventes, já que não conseguiram manter contato com nenhum desde a quarta-feira.
Veja fotos da destruição
A Polícia anunciará em breve a primeira lista oficial de vítimas fatais.

As autoridades reconheceram que seria um "milagre" encontrar pessoas com vida 48 horas depois da tragédia, que levou o Governo do país a declarar estado de emergência nacional. Durante a madrugada de quata (23), 500 socorristas conseguiram liberar 30 pessoas dos escombros, segundo o chefe de polícia Russell Gibson. Acredita-se que entre 50 e 100 pessoas estão sob os escombros da sede da emissora local "CTV", entre elas cerca de 20 estudantes de intercâmbio japoneses, além de jornalistas e policiais que tentaram evacuar o edifício.
A Polícia os considera mortos, já que é muito perigoso seguir adiante com a operação de resgate, mas especialistas em salvamento enviados a Christchurch pelo Japão e por outros países seguem nas redondezas dos escombros com cães adestrados.
Vários corpos foram resgatados nas últimas horas, e as equipes de salvamento já pensam mais em retirar as vítimas fatais dos escombros do que em encontrar sobreviventes.
Maior tragédia da Nova Zelândia
No momento, 80% dos distritos da cidade carecem de energia elétrica e água potável. O prefeito de Christchurch, Bob Parker, assinalou que o terremoto provocou uma destruição irreparável no centro histórico da cidade, repleto de antigos edifícios coloniais e onde desmoronou a torre da catedral do século XIX.
O terremoto de 6,3 graus aconteceu a cinco km da cidade e a apenas 4 km de profundidade, seis meses depois de outro tremor, também em Christchurch, de sete graus, que não provocou vítimas.
Situada no círculo de fogo do Pacífico, a Nova Zelândia registra até 15 mil tremores por ano.

Da Redação com R7

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