Para o titular da Seplag, Gustavo Nogueira, trata-se de um investimento de importância singular para a Paraíba, uma vez que está focado na exploração de uma fonte de energia renovável (energia solar), com um contorno de inclusão social e produtiva. “Portanto, terá do governo do Estado toda a atenção devida, seguindo a recomendação do governador Ricardo Coutinho”, disse o secretário.
O secretário do Turismo e do Desenvolvimento Econômico, Renato Feliciano, salientou que a palavra de ordem, a partir de agora, é o trabalho em conjunto. “Seguiremos uma linha só, para que o investimento se concretize no Estado da Paraíba, mais precisamente em Coremas”, completou.
A diretora-presidente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), Margarete Bezerra Cavalcanti, reforçou as afirmações de Nogueira e Feliciano e ressaltou que, em seis meses, as definições do projeto serão concluídas. “O Governo tem interesse no projeto, portanto, estará no mesmo compasso dos empresários”, disse.
Desenvolvimento – Segundo o prefeito de Coremas, Edilson Pereira de Oliveira, o maior ganho para a cidade será o desenvolvimento econômico. “Os recursos provenientes do pagamento de impostos, pela usina, serão destinados, prioritariamente, para a melhoria de equipamentos nas áreas de educação e saúde”, disse.
De acordo com Edmon Farahat, sócio-diretor da empresa paulista Rio Alto Energia, responsável pelo projeto, inicialmente a usina terá capacidade para produzir 50 megawatts de energia, mas a intenção é expandir esse potencial para 150 megawatts, em um prazo de até oito anos. “O projeto vai mudar o cenário dessa região, no que se refere a desenvolvimento”, afirmou.
Ele disse ainda que a cidade de Coremas foi escolhida com base em estudo realizado sobre a incidência da radiação solar naquela região – o que é ideal para o rendimento de uma usina de energia solar. Além disso, conforme explicou, em Coremas há facilidade de acesso à água e o município dispõe de uma subestação, que foi feita para uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), instalada no açude daquela cidade, e que está sendo subutilizada. “Essa subestação tem condições de receber toda a energia que será gerada”, completou.
Rafael Brandão, também sócio-diretor da Rio Alto Energia, disse que a licença de instalação já foi obtida e a construção da usina já foi iniciada, em uma área de 400 hectares. “Estamos aguardando as liberações financeiras. Só falta a venda de energia, por meio de um possível leilão organizado pelo Ministério das Minas e Energia”, informou. Ele disse que a energia será vendida para a Eletrobrás, havendo ainda possibilidade de venda para um grupo privado.
Brandão destacou também que, como complemento à energia solar, a empresa utilizará o bagaço do coco para produzir energia. “Faremos um estudo utilizando o resíduo de coco na região, em um raio de 80 quilômetros. Já iniciamos discussões com o BNDES para auxiliar na parte social, na geração de empregos diretos (além das 1.500 vagas iniciais), também na parte da estufa, que será construída após a conclusão da obra da usina”, informou o empresário.
Participaram da reunião os secretários Gustavo Nogueira (Seplag) e Renato Feliciano (Setde); a diretora-presidente da Cinep, Margarete Bezerra Cavalcanti; o diretor de Desenvolvimento Econômico da Cinep, Juliano Gorski; o prefeito do município de Coremas, Edilson Pereira de Oliveira, e o professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Pedro Sabino.
Da Redação com Secom -PB
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