Uso inadequado de gás é a principal hipótese do acidente no centro da cidade
Crea que fazer uma varredura na cidade para identificar outros estabelecimentos com problema
O conselho de engenheiros do Crea-Rio quer investigar se há outros prédios no Rio de Janeiro que estão com instalação irregular de gás na cidade, após a explosão do restaurante Filé Carioca na quinta-feira (13), deixando pelo menos três mortos e 17 feridos. Segundo o secretário de Defesa Civil, Sérgio Simões, boa parte dos edifícios no entorno do prédio onde funcionava o restaurante não está adaptada à nova norma de segurança contra incêndio e pane, em vigor desde 1977.
Dono de restaurante pode responder por homicídio
Veja as fotos da explosão
De acordo com o coordenador da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Crea-RJ, Luiz Antônio Cosenza, os engenheiros estiveram no local para avaliar o que realmente causou a explosão no restaurante que funcionava embaixo de um prédio na Praça Tiradentes, no centro da cidade.
- Tudo leva a crer que havia botijões em local confinado. Oferecemos à Defesa Civil especialistas para auxiliar na vistoria do prédio e identificar os problemas. Caso precisem, o Crea está à disposição.
Em nota, a CEG, distribuidora de gás encanado no Rio de Janeiro, informou que não há tubulação de gás no prédio que explodiu. Segundo Cosenza, há informações, que ainda precisam ser investigadas, de que há um laudo proibindo a utilização de botijões de gás naquele local.
- A discussão que se faz é que se não pode ter botijões e não há gás encanado, como o restaurante conseguiu um alvará para o funcionamento do estabelecimento? Isso tem que ser visto e a grande preocupação que o Crea tem nesse momento é saber se existem outros prédios na mesma situação.
Cosenza informou ainda que o Crea sugeriu ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil fazer uma varredura nos restaurantes é prédios residenciais do centro da cidade para verificar a situação de armazenamento de botijões de gás nesses locais.
Causa da explosão
A principal hipótese é que a explosão tenha sido causada por um vazamento de um botijão de gás usado pelo restaurante. Funcionários disseram ter sentido forte cheiro de gás ao chegarem para trabalhar por volta das 7h.
Marido de Daniele, uma das vítimas que corre risco de morrer, o vigilante Edivaldo da Silva, de 30 anos, disse que recebeu uma ligação da mulher pouco antes do acidente. Segundo ela, funcionários sentiram um forte cheiro de gás. Informações preliminares dão conta de que o restaurante usava cilindros de GLP (gás liquefeito de petróleo).
Sérgio Simões disse que o uso desse tipo de cilindro de GLP é proibido no local, conforme normas de segurança contra incêndio.
Da Redação com R7
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