quarta-feira

Governo decide confinar deputados no Palácio da Redenção para evitar "imprevistos" na votação da Terceirização do Trauma

Governo decide confinar deputados no Palácio para evitar imprevistos na votação da Terceirização do Hospital de Trauma
Os deputados da base aliada do governador Ricardo Coutinho (PSB) foram convocados na noite de hoje para se dirigirem imediatamente ao Palácio da Redenção e estarem presentes a um café da manhã que será servido às 07h00 desta quarta-feira (05), na cozinha da sede oficial do governador, na Praça João Pessoa.
Segundo o deputado da base de Ricardo Coutinho que repassou a informação ao ClickPB, a ordem de governador foi dada para evitar surpresas durante a votação da Medida Provisória n°178/2011 (MP do Trauma), que defende a 'terceirização' do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. O deputado disse ainda que um deputado do DEM não foi encontrado pelo cerimonial que ficou responsável pela convocação, aumento assim a suspeita ele deverá gasear a sessão desta quarta-feira para não ir de encontro a classe médica.
Os deputados estão sendo orientados a chegarem no início da manhã no Palácio e por lá permanecerão em vigília até a saída programada para 09h45 em direção a Assembleia. Foi recomendado que durante o confinamento no Palácio, os deputados evitassem usar celulares. Ao receber o comunicado, dois deputados se ofereceram para dormirem no Palácio, ideia esta que foi rejeitada pelo representante do governador que ficou responsável pelos contatos. "Não precisa exagerar nobre deputado, Ricardo deseja sua presença apenas logo cedo na manhã desta quarta-feira de fogo para o governador testa seus aliados na Assembleia" teria dito o interlocutor de Ricardo.
Na semana passada, a Medida Provisória foi rejeitada na CCJ com o voto do presidente da comissão, deputado Janduhy Carneiro (PPS), depois de uma audiência pública realizada naquela mesma manhã. Durante a audiência pública, o procurador geral do Trabalho na Paraíba, Eduardo Varandas, disse que a terceirização da saúde pública é impossível e viola o artigo 37 que trata da realização de concurso público. Além disso, o contrato estabelecido com a organização social Cruz Vermelha seria "ilegal, imoral e inconstitucional".
Após a rejeição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a Medida Provisória de autoria do Governo do Estado que trata da terceirização de diversos serviços do Estado vai ao plenário para ser votada nesta quarta-feira (5).
Da Redação com
ClickPB

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