domingo

Promotores pedem prisão preventiva de Wagner depois de ameaça a testemunha, mas juíz nega

A primeira audiência de instrução do caso que acusa o corretor Wagner Soares, de 40 anos, de ser o responsável pelo assassinato do gerente bancário Everton Belmont, foi até altas horas da noite desta sexta-feira, dia 3, no Fórum Criminal de João Pessoa.
As doze testemunhas mencionadas do processo, sendo 8 do Ministério Público e 4 da defesa, foram ouvidas durante todo o dia de ontem. De acordo com um dos promotores responsáveis pelo caso, Edjaci Luna, em vários momentos das oitivas ocorreu manifestação por parte das pessoas que assistiam aos depoimentos.
Um dos momentos que mais causou agitação no recinto, foi durante o depoimento de uma das testemunhas de defesa de Wagner. "O rapaz mentiu muito, então pedimos ao juíz que fosse determinada uma acareação entre ele e as outras testemunhas. Deixamos claro durante a oitiva que ele seria responsabilizado se fosse comprovado o falso testemunho", explicou o promotor Edjaci Luna. A acareação foi negada pelo juíz por entender que o pedido era apelatório e que não havia necessidade do procedimento. A decisão acarretou tantas manifestações que o juiz determinou que o local fosse evacuado pela pessoas que assistiam as oitivas.
Ao final dos depoimentos das testemunhas, foi a vez do acusado ser interrogado. O corretor de imóveis reafirmou que teria efetuado os disparos contra Everton Belmont em legítima defesa, para salvar sua própria vida, já que a vítima e alguns de seus amigos teriam partido para agredí-lo, após uma discussão.
Wagner Soares não chegou a ser preso em flagrante e dias depois do crime se apresentou voluntariamente à polícia. Ele possuía marcas de agressões no rosto e no corpo. Pela atitude e por ter se apresentado a todas intimações realizadas pela justiça, o acusado vem repondendo o processo em liberdade.
Na noite de ontem, os promotores Edjaci Luna e Márcio Gondim voltaram a pedir a prisão preventiva do autor dos disparos com base em um novo fato. "Wagner ameaçou uma das testemunhas por telefone e por isso pedimos a sua prisão preventiva", afirmou Luna.
O pedido também não foi acatado pelo juíz e o corretor de imóveis deixou o Fórum Criminal logo depois de seu interrogatório. Mesmo com a negativa, Edjaci Luna afirmou categoricamente: "Não temos dúvida de que foi ele quem cometeu o crime e que o fez sem ter nada a ver com legítima defesa".
Ainda de acordo com o promotor, o juíz deverá se pronunciar sobre o processo em um prazo que vai de 30 a 60 dias. Ele deverá decidir se Wagner Soares será levado ou não à júri popular. "Quanto a isso temos absoluta certeza que o acusado será levado a julgamento popular", concluiu Edjaci Luna.

Da Redação  Com O Norte

Nenhum comentário:

Postar um comentário