sexta-feira

PMs deixam viaturas na garagem em protesto por melhores condições de trabalho

Depois da mobilização realizada nesta quarta-feira, dia 31, no centro de João Pessoa, os Policiais Militares continuam a reivindicar melhores condições de trabalho. Julgando o fato de que o "barulho" de ontem não foi suficiente, para serem ouvidos, os militares decidiram manter todas as viaturas paradas, estacionadas dentro dos quartéis.
Um dos manifestantes revelou que os policiais que costumam conduzir os veículos estão, como eles costumam dizer, "aquartelados", ou seja, sem sair de dentro dos quartéis para exercer suas funções, porque não possuem o curso específico e necessário para quem dirige veículos de emergência. "Os outros PMs que estão nos quartéis reivindicam melhores condições de trabalho e também melhores equipamentos. Arriscamos nossas vidas nas ruas e não temos colete a prova de balas. As armas e munições estão sucateadas e vencidas. Muitas vezes falham na hora em que mais precisamos", desabafou o soldado que preferiu não se identificar.


Os policiais militares também reivindicam a equiparação salarial com os agentes da polícia civil. A categoria afirma que o Governo do Estado havia prometido a equiparação dos salários, mas ainda não cumpriu com a promessa. Mesmo com a publicação da MP que autoriza escalonamento de 5% até 15% no salário dos PMs, a categoria diz não estar satisfeita. "Queremos um salário de R$ 2.400, que é o mesmo que os agentes da Polícia Civil tem. Com o reajuste que o Governo está oferecendo, o soldado da PM recebe apenas R$ 1.750", explicou o soldado Arruda.
O governador José Maranhão, em contrapartida, afirmou que a medida provisória restabelece sim a paridade da Polícia Militar com a Polícia Civil. "Já determinei que os secretários da Administração, Segurança e Comando da PM finalizem os cálculos necessários para definição dos valores dos subsídios a serem implantados em dezembro, assim como serão os da Polícia Civil”, afirmou.
Sobre a mobilização dos militares, Maranhão foi enfático. "Não há paralisação da PM. Eu soube que major Fábio está querendo deflagrar esta mobilização política, mas a PM é uma instituição secular da maior respeitabilidade e não deve se envolver em campanhas político-partidárias".
A categoria informou que a mobilização continua até que o governo tome as devidas providências quanto aos salários e ao equipamento oferecido.
A 4ª Cia da PM informou que o policiamento da capital está garantido com a cavalaria, com a guarnição que se utiliza de motos e com os militares a pé.
 
Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Fotos : Central Conde de Jornalismo

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