terça-feira

Mortos pela chuva no Rio de Janeiro chegam a 35


Sérgio Cabral diz que decretará estado de emergência e calamidade

Fabio Motta/AE 

 Pessoas tentam passar por região alagada no entorno da Ponte Rio-Niterói
O Centro de Operações do Corpo de Bombeiros informou às 10h05 desta terça-feira (6) que chega a 35 o número de mortos em razão das fortes chuvas que atingem a região metropolitana do Rio de Janeiro desde a tarde desta segunda-feira (5).
Rio tem 10 mil casas em situação de risco

De acordo com a corporação, as mortes ocorreram nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, a 15 km da capital fluminense, São Gonçalo, a 30 km do Rio, e no município de Petrópolis. A relação detalhada de óbitos por local ainda não foi divulgada.
O governador Sérgio Cabral afirmou que decretará estado de calamidade e emergência.
Fotos: Rio sofre com inundações e mortes
- Com certeza, o estado de emergência se faz necessário pela quantidade de cidades afetadas.
Além das mortes, a chuva deixou a capital em uma situação de caos. Várias ruas alagaram, bueiros saíram do lugar, lixo foi espalhado pela cidade, pessoas passaram a madrugada em carros, a ponte Rio-Niterói foi fechada várias vezes, impedindo a ligação entre as duas cidades.
As barcas, outro meio de transporte que faz a ligação entre as duas cidades, funcionava com intervalos de 30 minutos na manhã dessa terça-feira, já que vários funcionários e membros das tripulações não conseguiram chegar para trabalhar.
Imagens aéreas mostram alagamentos no Rio
O Corpo de Bombeiros informou ainda que três casas desabaram após o deslizamento de uma encosta na estrada do Rio Pequeno, na Taquara, em Jacarepaguá, na zona oeste da capital. De acordo com a corporação, pelo menos sete pessoas estariam soterradas.

Três bombeiros ficaram soterrados após o desabamento de uma casa na rua Cândido Neves, em Vila Cosmos, na zona norte. Eles entraram no imóvel que ameaçava desabar e acabaram sendo atingidos, mas conseguiram se salvar. Outras cinco pessoas que estavam na residência também foram soterradas. Três foram resgatadas e duas continuam desaparecidas.
Na capital, houve deslizamentos ainda na favela da Rocinha, na zona sul, na favela da Mandela, em Manguinhos, na zona norte, no morro do Fogueteiro, no Rio Comprido, na mesma região, e nos bairros de Pilares, Méier, Penha Circular, Ilha do Governador, Engenho da Rainha, Lins de Vasconcelos Houve desabamentos também em Angra dos Reis e Rio Claro, no sul fluminense, São Gonçalo, na região metropolitana e em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, mas sem vítimas.
Em Niterói, a rua Badger da Silveira, principal via de ligação entre Icaraí e o centro, barreiras caíram sobre a pista, interditando a via. A cidade também registrou deslizamentos nos bairros do Fonseca, Largo da Batalha, Fátima, Caramujo e Santa Rosa.
A  prefeitura e o governo do Estado decidiram suspender as aulas nessa terça-feira. No início desta manhã, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) pediu para que a população não saia de casa, a menos que a situação seja de fato necessária. O pedido foi divulgado em forma de nota pela assessoria dele no site da prefeitura.

Veja a íntegra da nota:

"Em razão das fortes chuvas que se abatem na cidade desde o dia de ontem e em função dos diversos pontos de alagamento nos principais eixos da cidade, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, recomenda e solicita que a população evite os grandes deslocamentos pela cidade, principalmente em direção ao Centro. A Prefeitura estará, permanentemente, monitorando e informando sobre as condições da cidade."

Chuva deixa Lagoa marrom e entorno deserto

Lagoa 
com cor de barro
Lagoa com cor de barro

A água da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, ficou com cor de barro por causa da chuva que atinge o Rio. As vias do entorno da Lagoa estão desertas por causa dos alagamentos que impedem a passagem dos carros. A foto ao lado mostra o entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas perto do corte do Cantagalo.



 
Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Fotos : Central Conde de Jornalismo

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