segunda-feira

Polícia Militar vasculha celas após motim em presídio de Campina Grande

 
A Polícia Militar junto com agentes penitenciários realizaram uma operação pente fino na manhã de domingo, dia 9, na Penitenciária Regional Padrão de Campina Grande (Máxima), no Complexo do Serrotão. A ação foi planejada depois de um motim ocorrido na manhã do último sábado, dia 8, que terminou com cinco detentos feridos. Durante a operação os policiais encontraram um verdadeiro arsenal de armas de fabricação caseira e vários aparelhos celulares.

Na manhã de domingo, dia 9, o juiz Fernando Brasilino proibiu a visita dos parentes aos presos na Penitenciária Regional, visando manter a ordem no local. Ainda não foi permitida a entrada de alimentos, exceto refrigerante e biscoitos, devidamente lacrados. Muitas pessoas se aglomeraram na manhã de ontem em frente a penitenciária para verem os seus parentes, mas não conseguiram.
Todas as celas do presídio foram vistoriadas minuciosamente pelos policiais e agentes que encontraram 12 aparelhos celulares e inúmeros objetos perfuro-cortantes.
O motim ocorrido na manhã do último sábado provocou momentos de tensão no presídio. Revoltados, os presos chegaram a atear fogo em algumas celas. Pelo menos cinco detentos ficaram feridos durante o confronto no interior da penitenciária: Jorge Maracajá, Ismael de Sousa, Sandro Brasil Vieira, João Barbosa de Lima e Alisson Ferreira Araújo.
O juiz da Vara de Execuções Penais, em Campina Grande, Fernando Brasilino Leite, informou que uma investigação está sendo concluída para se conhecer os líderes do início de rebelião, os quais serão transferidos para os presídios de João Pessoa.
O motim se registrou no final de semana e teve como fator a insatisfação dos presos por conta das revistas realizadas diariamente no local. Eles querem o relaxamento da fiscalização para facilitar a entrada de droga e de telefones celulares, visando a comunicação e o controle do tráfico de dentro da unidade prisional, segundo informaram o diretor Marcone Cordeiro Rocha e o adjunto Carlos Eguiberto, responsáveis pelo controle de 410 detentos na unidade.
O diretor explicou que as armas estão sendo fabricadas com pontas de ferro, geralmente tiradas de alvenaria, seja das paredes das celas, seja de portões, aproveitamento de talheres, entre outros. Segundo o diretor, a exigência maior dos presos não é por drogas, mas por telefones celulares para se comunicarem com os traficantes. O procedimento não está sendo permitido e por isso a revolta está acontecendo.

Da Redação com O Norte

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