Menina foi ferida no domingo, quando saía do Hospital Geral do Mandaqui.
Auxiliar de enfermagem pode ter registro profissional cassado.
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) investiga o caso da menina de 1 ano que teve um dedo decepado por uma auxiliar de enfermagem no Hospital Geral do Mandaqui, na Zona Norte de São Paulo, no domingo (30).
A criança Tifanny foi internada no hospital por causa de uma anemia. Ela teve alta neste domingo e estava pronta para ir para casa –só faltava retirar o esparadrapo colocado em sua mão para receber o soro.
Os pais estavam ao lado da auxiliar de enfermagem quando ela foi realizar o procedimento. “Ela foi tirar o esparadrapo da mão da menina, colocou a tesoura, aí eu falei ‘cuidado com o dedinho dela’. Ela foi cortar um pouquinho do esparadrapo, viu que estava durinho e forçou. Quando forçou, esguichou sangue, cortou o dedinho da minha filha”, disse o metalúrgico David Jefferson Bahia Príncipe.
Em depoimento à polícia, a auxiliar de enfermagem disse que usou a tesoura porque estava com dificuldade para retirar o curativo e não percebeu que tinha atingido o dedo da criança. A mãe da menina, entretanto, contesta a versão. “Ela simplesmente enfiou a tesoura. Ela nem tentou tirar com a mão, só colocou a tesoura e cortou”, disse Monica Luiza de Oliveira. A criança passou por uma cirurgia, mas não foi possível recolocar a parte do dedo cortada.
Segundo nota divulgada na manhã desta segunda-feira (31), o Coren informou que sua Superintendência de Fiscalização irá ouvir os profissionais de enfermagem envolvidos no caso e, em seguida, será instaurado processo ético. Como punição, a auxiliar de enfermagem pode receber desde uma advertência verbal até ter seu registro profissional cassado. A direção do hospital informou que a auxiliar de enfermagem trabalha há 10 anos no centro médico e que nunca havia cometido falhas.
Ainda de acordo com o conselho, em 2010 foram registrados 250 casos envolvendo profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem). Destes, 20 resultaram em danos definitivos ou mortes.
Além do Coren, a Secretaria da Saúde e a Polícia Civil investigam o erro. A funcionária, que assinou um Termo Circunstanciado de lesão corporal culposa (sem intenção de ferir) no 9º Distrito Policial, no Carandiru, foi afastada do hospital por tempo indeterminado. A sindicância da secretaria deve durar 60 dias e corre em sigilo.
Da Redação com G1
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