quinta-feira

Banco Central vê riscos crescentes para inflação e impacto negativo de chuvas

BC vê riscos crescentes para inflação e impacto negativo de chuvas

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou nesta quinta-feira (27), por meio da ata de sua última reunião, quando os juros subiram de 10,75% para 11,25% ao ano, que foram identificados "riscos crescentes" à concretização de um cenário benigno, no qual a inflação convergiria para as metas pré-determinadas, e acrescentou que o cenário de preços "evoluiu desfavoravelmente" nas últimas semanas.

"O Copom reconhece um ambiente econômico em que prevalece nível de incerteza acima do usual, e identifica riscos crescentes à concretização de um cenário em que a inflação convirja tempestivamente para o valor central da meta (...) Embora as incertezas que cercam o cenário global e, em menor escala, o doméstico, não permitam identificar com clareza o grau de perenidade de pressões recentes, o Comitê avalia que o cenário prospectivo para a inflação evoluiu desfavoravelmente", informou o BC, por meio da ata do Copom.

No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O mercado já prevê um IPCA de 5,53% para este ano.

Fatores climáticos

O Banco Central também avaliou que há "riscos elevados" de persistência do descompasso entre as taxas de crescimento da oferta e da demanda, o que pode pressionar a inflação para cima, e citou que "fatores climáticos", como as chuvas, também podem contribuir para elevar os preços. "O cenário central também contempla o potencial impacto negativo decorrente das condições climáticas extremamente adversas verificadas neste início de ano em algumas regiões do Brasil, a despeito de atribuir probabilidade significativa à hipótese de que, ao menos em parte, esse processo seja revertido no decorrer do ano", informou a autoridade monetária.

Da Redação com G1

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