quinta-feira

Presidente da Câmara Municipal de Bayeux Recebia Auxílio do Bolsa Família

Parece mentira, mas não é. Enquanto centenas de paraibanos lutam para conseguir se inscrever no Bolsa Família, um programa do governo federal, que auxilia pessoas carentes, o vereador de Bayeux e democrata Misael Martinho, mais conhecido como “Fofinho”, é acusado de ter recebido o benefício, usando nome de familiares.

Afastado da presidência da Casa Legislativa, desde que a Justiça determinou o desarquivamento da CPI do Bolsa Família em Bayeux, no dia 20 de abril, a Comissão Parlamentar de inquérito, que apura as possíveis denúncias contra “Fofinho”, assinou
um requerimento, que foi aprovado por unanimidade pelos vereadores, solicitando a volta de Fofinho, por considerá-lo isento das denúncias.

“Fofinho” voltou a dirigir os trabalhos legislativos na última quinta-feira (20), mesmo acusado e investigado em um suposto esquema de pagamento de benefício do Governo federal para sua ex-mulher, Luciene Andrade Gomes Martinho, cadastrada irregularmente no Bolsa Família.

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Passados 34 dias de CPI, a impressão que se tem é que tudo acabará em “Pizza”, termo utilizado no Brasil para investigações que sempre acabam protegendo coorporativamente os investigados, principalmente quando envolve políticos.

Os nomes dos vereadores que compõem a CPI que investiga “Fofinho” são Célia Domiciano (DEM), presidente, José Eraldo (PSB), relator, e Maria das Neves (PMDB), membro.

Entenda o caso

De acordo com dados da Coordenação do Programa Bolsa Família, três filhos de “Fofinho”estavam inscritos no programa Bolsa Família até o mês de julho do ano passado, quando o benefício foi suspenso, conforme declaração cedida pela Coordenação do programa, em documento assinado e datado de 13 de julho de 2009, quando foi descoberta que a família dos menores tem renda superior à estabelecida para os beneficiários.

A resolução 09/2008, aprovada no mês de setembro pela Câmara Municipal de Bayeux, Casa Severaque Dionísio, prevê que o subsídio mensal dos vereadores seja de R$ 4.953,60. Como é presidente da Casa, Fofinho tem direito a um adicional de R$ 2.476,80, o que perfaz um salário total de R$ 7.430,40. Mesmo com esse nível salarial, Fofinho permitiu que seus filhos permanecessem inscritos no Bolsa Família, que é destinado a crianças carentes, e recebessem repasses de R$ 102,00.

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Uma das filhas do vereador, nascida no início de novembro de 2003, foi inscrita no Bolsa Família no final do mesmo mês. Já o filho, cujo nascimento se deu no início de novembro de 2001, foi cadastrado no programa menos de um mês depois. A filha mais velha, Luciene Andrade Gomes Martinho, nascida em 1984, teve sua inscrição efetuada no Bolsa Família em 2003.

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O Bolsa Família é um programa do Governo Federal que prevê a transferência direta de renda para famílias pobres e extremamente pobres. Podem receber o benefício, famílias com renda de até R$ 60 por pessoa.

Da Redação Com Click PB

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