quinta-feira

Casal acusado da chacina do Rangel deve ir à júri popular em 30 de junho

Marcado para o dia 30 de junho o julgamento do casal Carlos José Soares, 28 anos, e Edleuza Oliveira dos Santos, 26 anos. Eles foram acusados da chacina do bairro do Rangel, onde cinco pessoas de uma mesma família, entre elas uma grávida de gêmeos foram barbaramente assassinados a golpes de faca peixeira e foiçadas.

O crime que revoltou a população paraibana, ocorreu na madrugada do dia 9 de julho do ano passado, na rua Osvaldo Lemos, sendo noticiário da imprensa nacional do modo como foi praticado com requintes de perversidade.
O julgamento ocorrerá no salão do Tribunal do Júri Popular de João Pessoa, do Fórum de Criminal, localizado na avenida João Machado e a data foi marcada para 30 de junho, porém, pode ser adiada.

O julgamento será presidido pela Juíza Ana Flavia, que responde pelo 1º Tribunal do Júri da Capital, na acusação funcionará o Promotor de Justiça Alexandre Varandas e na defesa dos réus funcionarão os defensores públicos Argemiro de Queiroz e Paulo Celso do Valle Filho, designados pelo juiz Marcos William de Oliveira, titular do Tribunal do Júri que atualmente está de férias.

Segundo consta no processo, os acusados por volta das 2h da madrugada arrombaram as portas do fundo da residência das vítimas que ficava em frente da casa deles. Em seguida passaram a desferir golpes de faca peixeira e foices nas vítímas que estavam dormindo e não tiveram oportunidades de defesa.
Carlos José e Edileusa Oliveira foram acusados de matarem barbaramente o casal Moises Soares Forte, 35, Divanise Lima dos Santos (grávida de gêmeos), 33, bem como os filhos menores do casal Chynthia Rayssa dos Santos Soares, 3 anos, Ray dos Santos, 4 anos, Cyntia Raque, 11, e ainda tentaram matar os crianças Rian Soares de 6 anos e Priciano Soares, 11, em virtude de desavença entre o casal assassinado e o casal assassino.
Segundo o processo, os motivos do crime foi decorrente de desavença envolvendo os filhos dos acusados e do casal chacinado. Tal desentimento abrangeu os membros de ambas famílias que se apelidavam mutualmente, cominando com a agressãofísica perpetrada por Carlos contra o menor Priciano, fato que agravou as desavenças entre as duas famílias.
O juiz Marcos William de Oliveira, no final do processo pronunciou o casal Carlos José Soares e Edileuza de Oliveira dos Santos, no crime consumado (triplamente qualificado), previsto no Código Penal Brasileiro em relação das pessoas assassinadas; Homicídios Tentados, em relação das agressões sofridas por Ryian e Priciano, sobreviventes da chacina.
As vítimas foram assassinadas com mais de 120 golpes de facão e faca peixeira, segundo consta o resultado do exame realizado nos corpos, pelos médicos do Departamento de Medicina Legal. Priciano Soares só não morreu porque no momento da chacina se escondeu debaixo da cama e ficou presenciando seus pais e irmãos menores de idades sendo masacrados pelo casal. Rian Soares, chegou a ser socorrido depois da chacina, sendo levado para o Hospital do Trauma, onde recebeu alta dias depois.
Ainda no mês de junho, serão levados a julgamentos pelo Tribunal do Júri Popular de João Pessoa, mas 25 pessoas acusadas de homicídios e tentativa de mortes na capital. Alguns dos acusados estão recolhidos nos Presídios da capital e outros estão aguardando a data do julgamento em liberdade.

Da Redação Com o Norte

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