O total de 315 homicídios que até agora não foram solucionados foram registrados até o último dia de 2009 em João Pessoa. Em mais de 40% dos crimes, as vítimas eram jovens entre 13 e 24 anos de idade.
O número de assassinados de circunstâncias misteriosa ocorrida este ano superou os que ocorreram nestes dois últimos anos. Em 2007 foram registrados 258 mortes violentas e no ano de 2008 ocorreram 292.
Os crimes foram registrados em 53 bairros de João Pessoa. O campeão de homicídios sem solução foi Mandacaru, com 28 ocorrências, seguido do Cristo Redeentor (22), Mangabeira (16), Valentina (13) e Grotão (12).
Segundo o delegado Marcos Vasconcelos, titular da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa de João Pessoa, os meses mais violentos em relação à ocorrencia de assassinatos de autoria desconhecidas foram: junho, com 40 homicídios, agosto, 39 assassinatos, e fevereiro e novembro, cada um com 27 homicidios.
Tomando por base a idade das vítimas, constatou-se que dos 315 assassinatos, 91 (31%) eram jovens com idades entre 18 e 24 anos; 30 (10,2 %) eram adolescentes com idades entre 13 e 17 anos.
Sobre as armas usadas nos crimes, em 272 casos as pessoas foram assassinadas por disparos de arma de fogo, o que representa 93% do total de ocorrências. Em relação ao sexo das vítimas, 282 eram homens e 10 mulheres.
O delegado Marcos Vasconcelos disse que destes crimes registrados este ano em João Pessoa, 90% foi por acerto de conta devido ao tráfico de drogas. A policia constatou que nestes 315 assassinatos misteriosos a média foi de 24,3 ao mês.
O número de inquérito policiais para apurarem estes crime é grande e a Delegacia de Homicídios que conta apenas com quatro delegados: Marcos Vasconcelos, titular e três delegados adjuntos Iumara Bezerra, Maria das Dores e Marilia Siqueira; três escrivões e seis agentes, além de três viaturas policiais para realizar todas as investigações.
Nestes três anos já sobe para quase 900 crimes registrados sem serem solucionados. O maior problema que o delegado de Crimes Contra a Pessoa está enfrentando é a falta de informações para inciar o trabalho investigativo. Muitos delegados de plantões das Delegacias Distritais não realizaram as primeiras investigações sobre o crime, encaminhando apenas os dados básicos dos homicídios, afirmando que é de autoria desconhecida e sem ouvir os familiares da vítima para conseguir uma pista.
Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Edição de Texto: Rafaela Soares
Fotos : Central Conde de Jornalismo
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