terça-feira

Sequestro na Caixa: bandidos queriam R$ 2,5 milhões de resgate, diz superintendente da PF



O superintendente da Polícia Federal na Paraíba, Sinomar Maria Neto, informou em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (10) que as vítimas foram interceptadas na rua por falsos policiais e que os sequestradores da gerente da Caixa Econômica Federal estavam pedindo R$ 2,5 milhões de resgate.
Segundo ele, que fez questão de manter em sigilo os nomes das pessoas envolvidas no sequestro, os bandidos, ao saber pela gerente que no banco não havia o dinheiro, queriam que a vítima lhes entregasse jóias.
Nas informações dadas pela gerente à Polícia Federal, ela contou que os sequestradores amarraram no corpo dela objetos que diziam ser bombas.
Os sequestradores exibiam um vídeo com os mesmos objetos colocados no corpo dela numa melancia. No vídeo, a melancia explodia o que, segundo diziam, era o que iria acontecer com ela.
A gerente, por volta das 11h30 da manhã, foi até a agência Cabo Branco da CEF para tentar pegar o resgate que os bandidos queriam. Foi aí que funcionários desconfiaram do estado emocional dela, chorando muito, e chamaram a Polícia.
O Grupo de Operações Táticas Especiais e a Polícia Federal foram acionados e cercaram a Caixa Econômica Federal. A gerente foi levada para a sede da Polícia Federal, onde foi descoberto que os artefatos amarrados sobre o seu corpo não eram bombas.
Mas outras duas reféns continuavam em poder dos sequestradores. A mãe da gerente e uma amiga da família. Elas foram encontradas na tarde de hoje dentro da mala de um veículo modelo Corsa Sedam Classic, cor prata e placas MIL 5310/SP, abandonado por trás do Carrefour no Bairro dos Bancários.
Sequestro e tortura psicológica
A gerente da CEF e a amiga foram interceptadas na noite desta segunda-feira (10) no girador que dá acesso ao Bairro do Altiplano por um quatro homens vestidos com roupa da Polícia Federal.
Elas foram levadas para a casa da gerente, onde estava a mãe da vítima. Em seguida a gerente foi levada para uma casa, num local em que ela disse ouvir o barulho do mar. As outras duas foram enroladas em lençóis e trancadas no porta-malas do Corsa.
Durante toda a noite de ontem e madrugada de hoje, a gerente suportou todo tipo de ameaça e, sendo vítima de tortura psicológica, foi durante todo o tempo obrigada a assistir ao vídeo onde uma melancia com bombas explodia.
Até que pela manhã ela foi liberada para ir à agência.
Na tarde de hoje, as duas outras vítimas que estavam no porta malas de um carro, perceberam que o veículo estava há muito tempo parado e começaram a bater nas paredes do veículo.
Desesperadas e mesmo estando com as mãos amarradas e com as cabeças cobertas por sacos de tecido uma das reféns conseguiu usar as pernas para abrir o porta malas e pedir ajuda as pessoas que passavam. A polícia foi acionada e, as vítimas, que permanecem ainda muito abaladas, foram resgatadas.
Insegurança
De acordo com Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, em João Pessoa, cinco gerentes já foram feitos reféns por bandidos apenas neste ano.
O presidente afirma que a categoria se sente desprotegida pelas instituições bancárias e pede providências, uma vez que, em alguns casos, elas sequer comunicaram os casos a todos os órgãos compententes.
Força policial
De acordo com a Secretaria de Comunicação do Estado da Paraíba, cerca de 20 policiais militares participaram da operação que envolveu o Pelotão de Choque e o Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE). Logo em seguida, a Polícia Federal também chegou à agência da Caixa e assumiu a operação, com o apoio da PM.
O delegado federal Sinomar Neto afirmou que “foi importante o apoio da Polícia Militar, numa operação que a rigor seria obrigação da Polícia Federal, já que o banco é oficial. A gente sempre conta com a colaboração da PM. Foi fantástica a atuação da Polícia Militar”, revelou a autoridade.
Apenas nos últimos 30 dias, a polícia frustrou três tentativas de assaltos a bancos, duas delas em agências do Banco Real.
Padrão de segurança
O coronel Américo revelou que a atuação da PM foi executada dentro dos padrões normais internacionais de segurança pública. A ação dos policiais militares, em conjunto com os policiais federais, foi respectivamente monitorada pelo comandante geral da PM, coronel Wilde Monteiro, e pelo superintendente da PF, delegado Sinomar Neto

Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Edição de Texto: Rafaela Soares
Fotos : Tv Conde

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