quarta-feira

Mais de 60% dos homens jovens na Paraíba morrem de forma violenta




Os índices revelados em uma pesquisa do IBGE divulgada nesta terça-feira, dia 25,  mostraram um dado alarmante envolvendo os homens jovens na Paraíba: 61% deles morrem de forma violenta; ou seja, por homicídios, suicídios e acidentes de trânsito.
De acordo com os resultados da pesquisa, este é um fenômeno generalizado em todos os estados brasileiros e mesmo entre as mulheres jovens já se observa tendência de elevação de mortes por violência.
Na Paraíba, em 2008, foram registrados 23.359 óbitos, sendo 56,4% óbitos de homens e 43,6% óbitos de mulheres. Do total, 17,76% ocorreu em João Pessoa. Dos 23,3 mil óbitos registrados, pelo menos 2.115 foram violentos representando 9% dos óbitos registrados ao longo do ano de 2008.
A questão da morte violenta, principalmente entre jovens, é cada vez mais comum, resultante do processo de urbanização e marginalização de segmentos expressivos da população, principalmente o segmento mais jovem, camada sobre a qual incide mais fortemente o desemprego, as drogas, os homicídios. Considerando a população oriunda das periferias urbanas e das áreas rurais, a influência parte de questões ainda não totalmente resolvidas do acesso à terra.
 Em 2008, 849 crianças menores de 1 anos de idade morreram no estado, sendo que 17,5% somente em João Pessoa. Até o final da década de 1980, a morte prevalecia na faixa de crianças com 28 a 364 dias - fase pós-neonatal. A partir de então, começou a predominar óbitos de crianças de 0 a 6 dias. No ano passado, 66,6% das crianças paraibanas que morreram tinham de zero a 27 dias de vida.
Com relação ao número de registros de nascimento, constatou-se um aumento positivo no estado. Em 1998, 30% da população não tinha certidão de nascimento. E no ano passado apenas 5% dos paraibanos estavam sem o registro. Neste ano, 89,1% dos registros extemporâneos foram de indivíduos com até 12 anos de idade.Segundo o documento do IBGE, "sob a ótica da cidadania, é fundamental a recuperação dos registros de nascimentos o mais rápido possível, visto que essas crianças e, às vezes, até adultos precisam estabelecer uma relação formal com o Estado e legitimar o acesso aos seus serviços".


Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Edição de Texto: Rafaela Soares
Fotos : Central Conde de Jornalismo

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