sexta-feira

Polícia identifica suspeito de matar cartunista Glauco

                         Suspeito era conhecido da família

Polícia identifica suspeito de matar 
cartunista Glauco
Um dos homens apontados como responsáveis pelo assassinato do cartunista Glauco foi identificado na manhã desta sexta-feira. Ricardo Handro, advogado do cartunista, chegou a informar que o suspeito havia sido preso, mas, depois, informou que houve uma informação desencontrada, e que a prisão não foi confirmada. Glauco e o filho foram assassinados a tiros durante a madrugada, em Osasco (Grande São Paulo).

O suspeito, de acordo com Handro, é Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24, o Cadu. Ele aparentava estar drogado e era conhecido da família. Havia frequentado a igreja Céu de Maria --fundada por Glauco há cerca de 15 anos--, mas estaria afastado dos cultos.

Mais cedo, a polícia havia informado que uma testemunha havia reconhecido um dos criminosos. Três homens teriam participado da ação.

As circunstâncias da morte ainda são contraditórias. Inicialmente, Handro informou que o cartunista negociou e iria sair de casa com os criminosos, deixando a mulher e os filhos em casa. Apesar disso, um dos filhos do cartunista chegou à residência no momento em que deixavam o local. Houve discussão com os criminosos, que atiraram e mataram pai e filho.

Já o boletim de ocorrência não fala em em tentativa de assalto --apesar da suspeita inicial--, e a Polícia Civil registrou o caso como "homicídio simples".


Carreira

Nascido em Jandaia do Sul, interior do Paraná, Glauco começou a publicar suas tirinhas no "Diário da Manhã", de Ribeirão Preto, no começo dos anos 70.

Em 1976, foi premiado no Salão de Humor de Piracicaba e, no ano seguinte, começou a publicar seus trabalhos na Folha de maneira esporádica. A partir de 1984, Glauco passou a publicar suas tiras regularmente no jornal.

Entre seus personagens estão Geraldão, Cacique Jaraguá, Nojinsk, Dona Marta, Zé do Apocalipse, Doy Jorge, Ficadinha, Netão e Edmar Bregman, entre outros.

Em 2006, ele lançou o livro "Política Zero", reunião de 64 charges políticas sobre o Governo Lula publicadas na página 2 da Folha.

Glauco também era líder da igreja Céu de Maria, ligada ao Santo Daime e que usa a bebida feita de cipó para fins religiosos.

Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Fotos : Central Conde de Jornalismo

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