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Ministro afirma que ideal é ter palanque único para Dilma Roussef nas eleições na Paraíba

Além da pauta administrativa, com a confirmação de que a Paraíba será contemplada com R$ 1,2 bilhões na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que será lançada segunda-feira pelo presidente Lula, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, trouxe uma recomendação expressa do presidente.
De forma clara e objetiva, Padilha afirmou que na Paraíba o ideal é que haja apenas um palanque para a pré-candidata a presidente Dilma Roussef (PT). Tanto o governador e pré-candidato a reeleição, José Maranhão (PMDB) quanto o seu provável concorrente o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB) são de siglas aliados ao governo federal e devem votar em Dilma, embora ainda exista a possibilidade do presidenciável Ciro Gomes (PSB) manter sua postulação.
A intenção, segundo o emissário de Lula, é concentrar esforços para derrotar o projeto defendido pelo PSDB e DEM nacionalmente na chapa que será encabeçada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB). O desafio no plano estadual é voltar a unir os antigos aliados do PMDB e do PSB. "Uma tarefa digna só para Lula que é quase unanimidade na Paraíba e ainda tem o peso institucional da presidência", lembrou um parlamentar governista ontem.
"Meu papel é buscar agregar os partidos da base do governo Lula, para que estejam juntos e que seja o projeto mais viável, a fim de derrotar o projeto PSDB e DEM," destacou o ministro Padilha, que evitou tratar das questões peculiares de formação da chapa da situação na Paraíba, mas emitiu " sua opinião", formada em Brasília.
Sem interferência
Instado a falar sobre a defesa da participação do vice-governador Luciano Cartaxo (PT) na chapa majoritária, o ministro ponderou que a executiva nacional do partido não vai interferir no processo de escolha do vice da chapa de Maranhão, porém o diálogo, as opiniões farão parte do debate político de construção de alternativas.
"Seria bom uma parceria na Paraíba, mas não vamos interferir. Isso cabe ao PT estadual juntamente com o PMDB e o governador José Maranhão decidir", disse Padilha. Já o governador Maranhão, deu declarações que agitaram o cenário político, tendo em vista, que segundo ele, a visita trouxe satisfação administrativa e política.
"A composição da chapa dos partidos da base aqui na Paraíba é uma discussão que cabe a nós, porém o ministro emitiu a sua opinião e na medida do possível nós vamos acatá-la," observou o governador, que não fez referência à opinião de Padilha, mas que nas entrelinhas dá conta da participação do PT na chapa.
Quanto à expectativa de Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) compor a chapa, Maranhão recorreu ao escritor José Américo de Almeida, e ponderou que a sua visão é a que " política é a arte dos possíveis", para reafirmar o desejo de ver Veneziano como seu companheiro de chapa. No entanto, Maranhão pareceu mais comedido, ao revelar que o prefeito de Campina Grande é uma excelente opção, mas que terá que respeitar caso sua decisão seja pela permanência à frente do Executivo campinense.
Em outro clima de indefinição que gira em torno do bloco situacionista, Veneziano evitou gerar especulações acerca da sua permanência ou saída, mesmo de posse da última pesquisa encomendada para saber a opinião dos eleitores da cidade. " Na próxima terça ou quarta-feira tornaremos pública a nossa decisão,' reiterou o prefeito que se manteve fiel à pauta administrativa. Mais perspectivas com o Conselho de Desenvolvimento.

Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Fotos : Central Conde de Jornalismo

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