segunda-feira

Após ocupação, Rocinha vai receber R$100 milhões em investimento

Os investimentos serão destinados à contrução de creche, biblioteca, um centro da juventude e um parque ecológico, além da urbanização dos principais pontos da favela

Ocupação pelas forças de paz da favela da Rocinha (Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo)
Após a ocupação da Rocinha e a instalação da 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro, os governos Estadual e Federal planejam investir mais de R$ 100 milhões na região. Os investimentos têm como objetivo trazer os serviços públicos para a favela.
Segundo o jornal O Globo, os recursos serão destinados à contrução de creche, biblioteca, um centro da juventude e um parque ecológico, além da urbanização dos principais pontos da favela. A Rocinha também poderá receber mais R$ 700 milhões, em obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) de urbanização e na construção de um teleférico no local. A Caixa Econômica Federal (CEF) também anunciou a inauguração de duas novas agências no Rio de Janeiro, uma delas na Rocinha, outra no Vidigal.
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Os investimentos acompanham a tentativa do poder público de ocupar a região não só com efetivo policial, mas também com serviços do Estado. Nesta segunda-feira (14), trabalhadores de serviços públicos como limpeza e abastecimento de água começaram a entrar nas comunidades para iniciar a retomada da presença do Estado na região. Cerca de 170 homens da Companhia Municipal de Limpeza e da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos farão uma limpeza de uma semana nas três comunidades, apoiados por caminhões, retroescavadeiras e minitratores.
Ao mesmo tempo, homens da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) vão realizar uma operação para acabar com vazamentos e monitorar os consertos maiores que devem ser feitos. Outro serviço público que chegará à Rocinha é o controle de trânsito. O CET local vai restabelecer o controle sobre a Estrada da Gávea, via que estava, em grande parte, sob controle de traficantes.
Balanço da ocupação 
A ação de ocupação das favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na Zona Sul do Rio, começou neste domingo (13), e contou com um efetivo de 3 mil homens das polícias Civil, Militar e Federral, além da participação das Forças Armadas. O objetivo é a instalação da instalação da 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio de Janeiro.
O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) ocupou a comunidade às 6h20 de domingo, na operação nomeada de "Choque da Paz". No primeiro dia de operação, as polícias Civil e Militar prenderam quatro suspeitos e apreenderam 15 fuzis. Também foram apreendidas 20 pistolas, uma submetralhadora, duas espingardas, 20 rojões, três granadas, mais 15 mil munições para armas de calibres diversos, 61 bombas artesanais e dois rádios transmissores. Os policiais encontraram 112 quilos de maconha, além de 60 quilos de pasta base de cocaína. Setenta e cinco motos e um automóvel Toyota Hilux foram recuperados. Duas centrais clandestinas de TV a cabo foram fechadas.
Última UPP instalada este ano 
Segundo o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, a ocupação da Rocinha será a última de 2011. "Acredito que esse ano não teremos mais operações para ocupação como essa. Isso está dentro de um cronograma para a implantação em todo o Rio de Janeiro de cerca de 40 UPPs", afirmou o secretário ao portal de notícias G1.
Segundo o secretário, a partir de 2012 a Zona Oeste do Rio de Janeiro passará a receber a instalação de UPPs, em favelas como Vila Kennedy, em Bangu, Antares e Rola, em Santa Cruz, e Vila Aliança, Rebu e Coreia, em Senador Camará.
Da REDAÇÃO ÉPOCA

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