sábado

Pesquisa mostra que 42% dos estudantes da PB usam a internet sem controle dos pais

Os resultados parciais de uma pesquisa feita pela SaferNet Brasil em parceria com o Ministério Público Federal indicam que 61% dos estudantes paraibanos não tem limite de tempo para navegar na internet. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, dia 11, e revelam hábitos de risco no uso da web.
A pesquisa constatou que 42% dos alunos afirmaram que seus pais não sabem o que eles estão fazendo na internet e 62% deles compartilham fotos na rede. O levantamento verificou que 55% acessam o computador do próprio quarto.
Professores
Outro dado da pesquisa é com relação ao acesso de professores à rede mundial de computadores. Mais de 80% dos educadores responderam que utilizam a internet diariamente e 31% navegam por mais de cinco horas diariamente. Além disso, 51% dos entrevistados relataram que sabe de amigos que já encontraram presencialmente pessoas que conheceram pela internet, sem adotar medidas de segurança.
                                                                                                                                                                              A pesquisa averigou, ainda, que cerca de 60% dos educadores paraibanos disseram que os estudantes comentam em sala de aula, com frequência, o que fazem na internet. 80% dos professores afirmaram que é preciso, com urgência, aprofundar o debate sobre a segurança na web.

A pesquisa está sendo realizada pela SaferNet Brasil, em parceria com o Ministério Público Federal. O levantamento continuará on-line, até o dia 30 de setembro de 2009, pelo site www.safernet.org.br/pb.
Rodrigo Nejm, que é psicólogo e diretor de prevenção da SaferNet Brasil, “os resultados parciais da pesquisa acendem o alerta para a importância de promover ações de prevenção, educativas e de conscientização sobre a utilização segura da internet”.
Denúncias anônimas
O diretor presidente da SaferNet Brasil, Thiago Tavares, frisou que o cidadão pode cooperar no combate aos crimes contra os direitos humanos na internet. Ele informou que “no momento em que estiver visitando páginas na internet, ao encontrar indícios de algum crime de violação dos direitos humanos, como pornografia infantil, fotos e vídeos de crianças vítimas de abuso sexual, manifestações de ódio, discriminação, não feche a página. Copie e cole o link e faça uma denúncia anônima,  através da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, que é o www.denuncie.org.br”.
Um resultado concreto dessas denúncias, segundo Thiago Tavares, foi a Operação Turko, deflagrada pela Polícia Federal, em maio deste ano, que mobilizou 450 policiais para cumprir 92 mandados de busca e apreensão em 22 Estados e no Distrito Federal.
Termo de cooperação
Um termpo de cooperação técnica e científica será assinado na terça-feira, dia 15, entre a SaferNet e Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Secretarias de Educação Estadual e Municipal e Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particular da Paraíba (Sinepe).
O procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, comentou que a assinatura deste termo de cooperação é de grande importância, tendo em vista a necessidade de se implementar um rigoroso combate aos crimes praticados por meio da internet.
Já a secretária adjunta da educação do Estado, Emília Augusta Lins Freire, a parceria vai ajudar a mostrar aos alunos da rede pública as facilidades, mas também os perigos do uso da internet. "Este programa serve como um alerta sobre o mau uso da internet, ao mesmo tempo em que desperta nos alunos a importância do uso desta ferramenta para ampliar seus conhecimentos com pesquisas na área educacional. É importante abrir esse canal de pesquisa para os alunos da rede pública e também da rede privada, mas é de nossa responsabilidade também dar o sinal de alerta quanto aos perigos do seu uso indevido", relatou.

A secretária de Educação de João Pessoa, Ariane Norma de Menezes Sá, apontou que a Internet é um espaço público importante e que "é preciso que crianças, adolescentes e os próprios educadores saibam como se comportar diante desse mundo tecnológico e discutam as suas possibilidades dentro do universo escolar, utilizando adequadamente os equipamentos disponibilizados nos laboratórios de informática”.

REPORTAGEM: MARIO CARIOCA
EDIÇÃO DE TEXTO:RAFAELA SOARES
FOTOS: CENTRAL CONDE DE JORNALISMO E SEARCH

Nenhum comentário:

Postar um comentário