terça-feira

Aspol vai ao Palácio negociar com Maranhão, que está viajando.

O presidente da Associação dos Policiais Civis da Paraíba (Aspol) Flávio Moreira recebeu com surpresa a notícia de que o governador José Maranhão não está na Paraíba e que, portanto, não poderá recebê-los em audiência na manhã desta terça-feira (1º), no Palácio da Rendenção, no Centro de João Pessoa, como estava marcado.
De acordo com Flávio Moreira, o encontro seria às 10h30 de hoje nas dependências do Palácio da Redenção. "Até agora não recebemos nenhum comunicado de que o encontro com o governador seria cancelado. Nós vamos manter a intenção de nos reunirmos com o Governo do Estado e na hora marcada vamos estar lá para sermos recebidos".
Segundo Flávio Moreira, eles esperam que alguém que possa ouvir e atender as reivindicações da classe os receba. De todo modo, salientou Flávio, "vamos ouvir o que o Governo tem a nos dizer, levar esse resultado para Assembléia onde deliberaremos sobre o assunto".
O encontro, segundo nota distribuída pela Assessoria de Imprensa da Aspol na manhã de hoje irá servir para "tratar das reivindicações da categoria, que vinham sendo adiadas desde fevereiro, quando houve a troca de governo no Estado. Na reunião serão apresentados dados que demonstram a diferença de tratamento que foi imposta pelo governo anterior, que causou uma diferença de até 180% de reajuste para algumas categorias".
“Lembraremos ao Governador Maranhão que a Polícia Civil da Paraíba é composta das diversas carreiras e que a manutenção da atual diferença remuneratória causará o desestímulo junto aos mais de 1.4 mil policiais civis paraibanos, em detrimento de apenas cerca de 300. O que desejamos é que todos os profissionais sejam bem remunerados, inclusive isto ficou muito claro na Conferência Nacional de Segurança Pública, onde tínhamos igual número de representantes de Delegados de Polícia Civil para Agentes de Polícia, tendo a sociedade civil feito a diferença e decidido pela 'carreira única' e pelo piso nacional para os profissionais de segurança pública.”, afirmou o presidente da Aspol.
Ainda segundo a nota, "outro fato que será lembrado ao Governo do Estado é que dentre as carreiras de segurança do Estado, os Agentes Penitenciários que exigem apenas o nível médio como requisito de ingresso, estão recebendo a mesma remuneração de um policial civil, carreira que exige o nível superior para ingressar".
“Temos em mãos contracheque de companheiros agentes penitenciários, que demonstram o valor exatamente igual da remuneração, o que não quer dizer ser adequada a remuneração do sistema penitenciário, porém demonstra a total falta de critérios existente para a fixação de vencimentos das carreiras. Outro fato que merece destaque é que a própria Constituição Estadual, no parágrafo único de seu artigo trinta e dois, determina que deve ser assegurada isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais entre servidores do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. Princípio este totalmente descumprido, pois basta dizer que um perito criminal, cargo igualmente de nível superior, recebe mais que o dobro da remuneração de um policial civil, o mesmo ocorrendo com cargos de outros poderes, como por exemplo o analista judiciário. É uma injustiça que merece ser corrigida.” concluiu Flávio Moreira.
O presidente da Aspol pretende pedir maior agilidade na contratação dos concursados da Polícia Cívil e também que seja cumprida a Lei Orgânica da Polícia Civil no tocante às aposentadorias, visto que a PBPrev tem ameaçado os que requerem o direito com a perda de vantagens.
Os policiais civis suspenderam a greve em dezembro de 2008 e vêm aguardando pacientemente desde o mês de fevereiro, atendendo ao pedido do governo estadual. A expectativa da categoria abrange ainda a devolução de vantagens que foram retiradas e principalmente um tratamento isonômico entre categorias assemelhadas.

REPORTAGEM: MARIO CARIOCA
EDIÇÃO DE TEXTO:RAFAELA SOARES
FOTOS: JORNAL DO CONDE



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