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Operação apreende mais de 10 mil pacotes de cigarros clandestinos


Mais de 10 mil carteiras de cigarro de várias marcas estrangeiras e sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram apreendidas na Capital, na manhã desta sexta-feira (25), durante uma operação realizada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, em parceria com a Polícia Civil, o Procon Estadual e as Vigilâncias Sanitárias de João Pessoa e da Paraíba.

A equipe que compõe o Fórum Permanente de Defesa do Consumidor fiscalizou mais de 50 pontos espalhados pela cidade (com destaque para o Terminal Rodoviário e o Mercado Central) que faziam a venda clandestina de cigarro.

De acordo com o promotor do Consumidor, Francisco Glauberto Bezerra, a operação tem como objetivo combater a ação de uma quadrilha que atua na distribuição de cigarros provenientes, provavelmente, do Paraguai. “Recebemos denúncias de que há uma máfia na distribuição desses produtos que, inclusive, intimida e ameaça pequenos comerciantes para que eles vendam esses cigarros. Nenhum tem o registro da Anvisa. Nossa grande preocupação é com a saúde do consumidor. Sabemos que todo cigarro faz mal à saúde, mas esses que não passam por controle de nenhum órgão são mais prejudiciais ainda”, argumentou.

A ação realizada hoje também teve caráter educativo e, por isso, ninguém foi preso. O promotor de Justiça disse que a mercadoria apreendida será submetida à avaliação para constatar se os cigarros são falsificados ou não.

“Também vamos verificar se o produto é fruto de contrabando, o que vai requerer a ação da Polícia Federal. O combate à venda clandestina de cigarros será um trabalho permanente do Fórum de Defesa do Consumidor”, garantiu.

A operação foi desencadeada pelo MP, depois de denúncias realizadas pela Agência Estadual de Vigilância Sanitária. O presidente da Agevisa, José Alves Cândido, também destacou o risco que cigarros clandestinos trazem à saúde do consumidor.

“Ninguém pode ter certeza das substâncias que estão compondo aquele produto e da quantidade de cada componente utilizado na sua formulação. O produto sem controle sanitário não traz as informações sobre os riscos à saúde na embalagem, o que é um direito do consumidor e uma forma de desencorajar seu uso”, explicou.
REPORTAGEM: MARIO CARIOCA
EDIÇÃO DE TEXTO:RAFAELA SOARES
FOTOS: CENTRAL CONDE DE JORNALISMO

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