sexta-feira

Israel pede ajuda contra incêndio florestal

Número de mortes devido à queimada chega a 42

Reuters
Omer Messinger/03.12.2010/AFPOmer Messinger/03.12.2010/AFP
Bombeiro luta contra incêndio florestal em Carmel, que fica ao norte da cidade de Haifa
Aviões de quatro países participam nesta sexta-feira (3) do combate a um enorme incêndio florestal perto de Haifa, no norte israelense, o pior da história do país. Foram registradas 42 mortes. O chefe dos bombeiros, Shimon Romah, à rádio Israel, disse que a situação está ficando ainda mais drástica.
- Os incêndios ainda não estão sob controle, e os ventos fortes estão piorando as coisas.
Equipes de todo o país foram mobilizadas nesta quinta-feira (2), e reforços de outras nações começaram a chegar nesta sexta. Os bombeiros locais carecem de recursos, principalmente de aviões-tanque para jogar água sobre o fogo.
O chanceler Avigdor Lieberman disse que a Rússia estava mandando "o maior avião de combate a incêndios do mudo", um Antonov. Bulgária, Jordânia, Grécia e Reino Unido, também já enviaram ajuda, enquanto Chipre, Turquia, Austrália e França prometeram colaborar.
Durante toda a noite era possível ver um reflexo alaranjado no céu da região de Haifa, e ao amanhecer as TVs mostravam que o fogo ainda se alastrava. Acredita-se que o incêndio tenha começado em um depósito clandestino de lixo.



Em visita ao local, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que Israel havia sofrido "um desastre numa escala" nunca vista antes. Lieberman previu que as chamas só serão controladas na noite deste sábado (4).
Ao menos 42 pessoas morreram nesta quinta-feira, principalmente agentes carcerários em treinamento, que deveriam ajudar na retirada de 500 presos de uma cadeia ameaçada pelo fogo. O ônibus em que os agentes estavam foi atingido pelas chamas a caminho da prisão.
Mais de 12 mil pessoas foram retiradas de aldeias e pequenas cidades da região.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou condolências e disse que os Estados Unidos irão ajudar.

Enquanto a Europa sofre uma onda de frio excepcional, Israel enfrenta um calor fora do comum para esta época, no mês de novembro mais quente em 60 anos.
O fogo começou por volta de 12h de quinta-feira (hora local), e a imprensa israelense criticou a incapacidade dos serviços locais de emergência para lidar com o desastre.
Segundo os jornais, há anos especialistas alertavam que os bombeiros careciam dos recursos adequados para combater situações graves, e que isso poderia ter consequências sombrias em caso de guerra. Em um artigo de primeira página, o jornal Haaretz criticou a preparação para emergências.
- Ontem revelou-se que Israel não está preparado para a guerra ou para um ataque terrorista em massa que pudesse causar muitas vítimas na frente doméstica.

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