O incêndio no Roger teve início na manhã desta sexta-feira (23), por volta das 8h. Entre os detentos que se encontram no HT, a maioria registra queimadas de terceiro grau e correm risco de morte. Dos cinco mortos, apenas dois foram identificados: Wilson Barbosa e Osias Marques de Sousa.
No Pavilhão 3
A rebelião foi contida pelos próprios agentes carcerários. Policiais militares foram convocados e cercaram a penitenciária. A rebelião teria começado nas celas do Pavilhão 3, com presos revoltados diante da suspensão da visita de familiares.
Outra versão indica que a causa principal da revolta seria a transferência para o presídio PB1, há dois dias, de um detento chamado Jackson, que comandaria na Paraíba a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). O PB1 fica em Jacarapé, Capital.
Jackson estaria articulando ações criminosas a partir do Roger e utilizaria pessoas com as quais mantém contatos em dias de visita.
O incêndio no Pavilhão 3 foi debelado por homens do Corpo de Bombeiros. Junto com agentes penitenciários, os bombeiros derrubaram uma das paredes do pavilhão para resgatar corpos e combater as chamas, ocasionadas pela queima de colchões e lençóis que alguns presos haviam amarrado na entrada da cela principal.
Chacina em 97
Uma outra rebelião ocorrida no mesmo presídio em 29 de julho de 1997, que ficou conhecida como a Chacina do Róger, deixou um saldo de oito mortos entre os rebelados que fizeram refém o então diretor do presídio e outros detentos.
O Ministério Público denunciou 13 policiais pela Chacina do Roger. Os acusados teriam assassinado os oito presos a sangue frio. Julgados no dia 8 deste mês pelo Júri Popular, todos foram absolvidos.
Clique abaixo e veja os vídeos da tragédia produzidos pela TV Correio. As cenas são fortes.
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