sexta-feira

Pedreiras interditadas em João Pessoa




Investigação identificou 45 trabalhadores sem registro e uso de material explosivo no Róger.

Condições precárias de trabalho, cerca de oito quilos de material explosivo apreendido, direitos trabalhistas ignorados, sujeira e descaso. Essas foram as constatações de agentes do Ministério Público do Trabalho (MPT), policiais federais e integrantes do Exército Brasileiro que realizaram, ontem, uma operação que resultou na interdição de duas pedreiras no Bairro do Róger e uma terceira em Mandacaru, na capital. Nas três foi constatado que os trabalhadores sequer possuíam carteira assinada, nem ultilizavam equipamentos de segurança individuais como luvas, botas e capacetes. Também foi apreendida pólvora, que seria manuseada pelos trabalhadores sem qualquer proteção.

"As condições de trabalhos eram terríveis desde o refeitório trabalhadores sem carteira assinada, manuseando explosivos sem equipamento de proteção individual. Não tem nada regular, a verdade é essa", diagnosticou Eduardo Varandas, procurador do Trabalho. O galego da pedreira, procurado pela polícia, deve responder pelos crimes de trabalho forçado e ainda terá que pagar todos os direitos dos empregados - remuneração que variava entre R$500 e R$800.
 "A procuradoria Geral da União foi acionada em função da ultilização irregular do explosivo. Recebemos uma solicitação do 15º Batalhão do Exército para que entrássemos com uma ação de busca e apreensão. Na pedreira foram apreendidos oito quilos de pólvora utilizados na destruição de pedras. "Eles colocavam o explosivo em um papel no formato de canudo para fazer o rastilho da pólvora. Não havia autorização para o uso desses explosivos", disse Cleber Oliveira, comandante do Batalhão de Infantaria Motorizada.

REPORTAGEM: MARIO CARIOCA
EDIÇÃO DE TEXTO:RAFAELA SOARES
FOTOS: JORNAL DO CONDE

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