Ex-bilionário afirma que não tratava questões sobre financiamentos obtidos por suas empresas
Segundo Eike, as questões da OSX eram tratadas pelos diretores, e não por ele, que presidia o conselho de administração
Fernando Frazão/Agência Brasil
Ao juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, o ex-bilionário afirma que a questões sobre financiamentos obtidos por suas empresas não era tratada diretamente por ele.
A oitiva foi feita por meio de videoconferência no âmbito da Operação Cui Bono, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de corrupção na Caixa, no período entre 2011 e 2013. Eike compareceu à sede da Justiça Federal no Rio de Janeiro.
Segundo o empresário, as questões da OSX, uma de suas empresas, que usou financiamento do banco nas obras do Porto Açu, no Rio, eram tratadas pelos diretores, e não por ele, que presidia o conselho de administração.
Eike prestou depoimento na condição de testemunha de defesa do investigado Lúcio Funaro, preso na Superintendência da Polícia Federal na capital federal. Na ação penal, além de Funaro, são réus o ex-deputado Eduardo Cunha e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Todos são acusados de participar do suposto esquema de corrupção na liberação de recursos do banco.
Preso no fim de janeiro em outra operação, a Eficiência, um desdobramento da Lava Jato, em abril, Eike foi beneficiado por habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. O empresário é réu na Justiça Federal do Rio por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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